Rogério Marinho diz que processo contra Bolsonaro é “perseguição política”

Assim que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal tornou Bolsonaro e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022, nesta quarta (26), o senador potiguar Rogério Marinho (PL) se manifestou publicamente por meio de nota. Em suas redes sociais, ele afirmou que o recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não causa surpresa e ainda criticou a delação do Coronel Mauro Cid.

Mais uma vez o devido processo legal não foi respeitado. Como alertado por vários advogados de defesa, eles não tiveram acesso à íntegra das provas. Ademais, uma prisão preventiva foi desvirtuada para extrair a delação do Coronel Cid, rejeitada pelo Ministério Público e base da denúncia. Não há justa causa para o seu recebimento“, escreveu Marinho.

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Ao todo, os cinco ministros (Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin) votaram por aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar de não negar a tentativa de golpe, Marinho, todavia, alega que a trama não tinha uma coordenação:

“​O relatório da Polícia Federal, que embasou a denúncia, expôs as conversas e trocas de mensagens privadas de diversos envolvidos na suposta trama, que indicam que não havia coordenação ou interação entre eles“.

Rogério Marinho também chamou o processo de investigação de “perseguição política”:

Como alertamos desde o início de 2023, a investigação conduzida pelo ministro relator, investigador, vítima e julgador trata-se de evidente perseguição política para retirar Bolsonaro e todo um relevante espectro político das eleições gerais de 2026“.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, Rogério Marinho foi uma das 13 testemunhas arroladas pelo ex-presidente no processo. Além do potiguar, também foram convocados como testemunha Amaury Feres Saad, Coronel Wagner Oliveira da Silva, Renato de Lima França, General Eduardo Pazuello, General Hamilton Mourão, Senador Ciro Nogueira, Governador Tarcísio Gomes de Freitas, Senador Gilson Machado, General Marco Antônio Freire Gomes, Brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, General Júlio César de Arruda e Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, também tornaram-se réus no processo: Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Como oito denunciados passaram à condição de réus, será aberta uma ação penal na qual tanto a PGR quanto as defesas dos envolvidos poderão apresentar provas e depoimentos, que serão julgados pelos ministros do STF.

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