Desde meados de julho, os moradores da rua 10 de maio, no bairro do Una, que fica Ananindeua, quase no limite com Belém, sofrem com a falta de coleta seletiva de lixo. O resultado tem sido mau cheiro e transtornos com a situação. Nas esquinas, em frentes às residências, sacolas e mais sacolas de lixo estão à espera do recolhimento.De acordo com o aposentado José Denildo, de 67 anos, não há mais possibilidade de sentar em frente à sua casa no fim da tarde devido ao forte odor que exala dos lixos domésticos na lixeira. Ainda segundo ele, à noite é preciso recolher o lixo de volta para dentro de casa para evitar que os cachorros espalhem os resíduos na rua.“Aqui nós pagamos IPTU para Ananindeua. E aí a gente sofre com a falta do serviço de coleta seletiva, tem mais de 20 dias isso já. Se você for mexer nesse lixo, já está só larva… é um perigo para a nossa saúde também”, afirma o morador.Assim como José Denildo, a auxiliar administrativa, Ivanete Braga, 51, também paga a ‘taxa do lixo’, tributo municipal referente à Ananindeua, cobrado junto com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).Quer saber mais notícias? Acesse o canal do DOL no WhatsAppEla diz que na hora de almoçar não sabe se aprecia a refeição ou se concentra para desfocar do mau cheiro. Segundo a moradora, antes o serviço de coleta seletiva era realizado nos dias de segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Por conta do transtorno, a moradora também comenta que teve que lavar a frente da residência que já estava cheia de larvas.“Estamos no escuro, a gente não sabe o motivo dessa falta de serviço. Mandei mensagem para o perfil do prefeito de Ananindeua no instagram e me responderam que era para entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura. Com eles a única resposta é que estão entrando em contato com a empresa responsável pelo serviço para resolver o problema. Mas a gente quer mesmo uma resposta, saber o que está acontecendo”, afirma.Morador há 11 anos da via, Paulo Henrique, de 36 anos, comenta que nunca havia vivido uma situação como essa. “Desde julho começou isso, não passa mais o carro do lixo. E só não está pior porque não está chovendo, porque essa rua aqui alaga com uma chuva forte, o que também representa risco de doenças. Não vamos entregar o lixo para carroceiros porque depois eles jogam em outro lugar e dá no mesmo problema”, destaca.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua, mas até o fechamento desta edição não teve retorno.