Everton Ribeiro marcou o primeiro gol do clássico e saiu lesionado
| Foto: Letícia Martins/EC Bahia
Hoje, acredito que Éverton Ribeiro seja praticamente uma unanimidade entre a nossa torcida. Justamente por isso é muito fácil exaltá-lo. Correrei o risco, porém, de enaltecer outro tipo de resistência, simbolizada no antigo capitão.Kanu já foi bastante hostilizado e carregou o peso de alguns insucessos coletivos desde que chegou, no início do ano passado, mas não esmoreceu, perseverou e hoje parece ter um espaço muito mais consolidado.Sei que o camisa 4 ainda atrai muita resistência. Na arquibancada, nas ruas ou redes, muitos se calam e aguardam qualquer falha, normal que seja, para voltar os ataques.
Juba fez o gol que deu números finais ao Ba-Vi
| Foto: Letícia Martins/EC Bahia
Pelo menos por enquanto, entretanto, parece haver uma trégua. Sem a concorrência de Gabriel Xavier, depois que ele também ganhou a titularidade com muitos méritos, a pressão contrária parece ter diminuído. E há de se reconhecer que ele também vem em clara evolução com o camisa 3 ao lado.Contra o Botafogo, no jogo em que o Bahia estreou a linda terceira camisa, supostamente inspirada em um super herói – o nosso mascote Superman, o zagueiro ostentava um visual que parecia adaptado dos quadrinhos da DC ou da Marvel.Com touca de natação e máscara, para estar em campo, após fratura no rosto e corte na cabeça, quase seria possível proteger a identidade secreta do nosso vigilante, caso ele ainda estivesse convivendo com tamanha rejeição.
Gabriel Xavier organizou a zaga do Tricolor
| Foto: Letícia Martins/EC Bahia
Do primeiro time titular da era City, só ele, Marcos Felipe e Everaldo permanecem com o mesmo status, resistindo ao tempo e à bronca de muitos.Não à toa, talvez sejam os três que mais convivem com o mesmo tipo de comportamento. Quando vão bem, as críticas dão um tempo, e os elogios, quando aparecem, são tímidos, mas basta uma oscilação, uma falha, um passe para trás, e a bronca chega, mais veloz do que Ademir em disparada.Admiro a resiliência deles e torço para que a força mental, que os faz resistir, siga nos recompensando, como no domingo, quando Marcos Felipe foi fundamental para que o Esquadrão vencesse o clássico. Que a entrega de cada um, seja titular ou que entre nos acréscimos para decidir um triunfo, siga fazendo a diferença e que o momento de paz seja prolongado por bom resultado contra o Grêmio.