Líder do CV ostenta colar com 10 kg de ouro no pescoço

Integrantes de facções criminosas do alto escalão gostam de ostentar as suas “conquistas” e uma prática está chamando a atenção da Polícia do Rio de Janeiro. Ousados e milionários, integrantes da facção criminosa carioca Comando Vermelho começaram a usar as redes sociais para ostentar riqueza amealhada com o tráfico de drogas nas comunidades do Rio de Janeiro.Se impor pelo medo, garantir reconhecimento nas comunidades e extrapolar na ostentação: a fórmula utilizada por traficantes cariocas galgarem os mais altos postos no mundo do crime é representada em uma espécie de troféu, quase sempre pendurado no pescoço. Líderes das duas maiores facções criminosas do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho e o dissidente Terceiro Comando Puro (TCP), costumam desfilar pelas favelas com cordões pesados, fundidos em ouro maciço e cravejado de brilhantes.Veja também:Como uma investigação desvendou um crime de dezembro de 2023Vídeo: idoso tem pé esmagado por carreta na BR-222 em MarabáNovo golpe do Pix pode esvaziar sua conta em segundosAs peças, que podem chegar a R$ 500 mil, servem como uma “assinatura”, forjadas com o nome ou figuras que representam o chamado “vulgo”, de cada um dos criminosos. Os cordões do tráfico viraram moda, inclusive, entre cantores de funk e influenciadores digitais.A alta cúpula da organização criminosa gosta de demonstrar o poder financeiro por meio de joias feitas em ouro e cravejadas de diamantes.

Um dos líderes da facção, conhecido como Gravetinho ou GVT, comanda o tráfico principalmente no Morro da Congonha, em Madureira, e gerencia o andamento do crime no Morro do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, zona norte do Rio.A ascensão do traficante se reflete nas joias usadas por ele. Gravetinho costuma andar com cerca de 10 kg em ouro e pedras preciosas no pescoço.Extremamente grossas, as correntes usadas pelo traficante procurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro chamam a atenção dos frequentadores de bailes funk por onde ele costuma circular.GVT é muito próximo de Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como Abelha.Conselho do CVO traficante é apontado como um dos líderes do CV no Complexo Maré. Ele é parte do “conselho” da facção e, segundo a polícia, assume várias funções, incluindo planejamento estratégico e execução tática de diversos crimes. Abelha deixou a prisão em julho de 2021 e nunca mais foi preso.

Segundo informações da Polícia Civil, Abelha age em parceria com traficante Doca da Penha. O plano maior é tomar o controle da Rocinha. Sob sua liderança do Comando Vermelho, novamente tomou uma decisão de retirar o comando de mais alguns comunidades.Abelha ordenou também a troca de comando no Morro do Andaraí. Tirou o traficante Gilson Brígido dos Santos, o Cabral, e o substituiu por Rodrigo Rosa Brasil, o Boneco, que está foragido do sistema penitenciário desde 2019. (Carlos Carone e Mirelle Pinheiro)

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