Marcelo Teixeira diz que quitou R$ 113 milhões em dívidas desde seu retorno ao Santos

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, fez mais um balanço de sua gestão em entrevista coletiva nesta quarta-feira. O mandatário bateu novamente na tecla das dívidas que encontrou em seu retorno ao clube e afirmou ter quitado R$ 113 milhões, referente à contratação de jogadores, “transfer ban”, acordos extrajudiciais, salários atrasados e empréstimo bancário.Ainda segundo o dirigente, o clube foi prejudicado pela antecipação de receitas feitas pelas gestões passadas e vem trabalhando para reduzir ainda mais os gastos com o futebol masculino. Marcelo Teixeira afirmou que a folha salarial atual do clube é de R$ 7 milhões, o que não faz com que o Santos seja obrigado a conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro.”Alguns falam que o Santos tem a obrigação de vencer a Série B porque a folha é desse valor. A folha do Santos passou daquilo que era ano passado, de R$ 15 milhões para R$ 7 milhões. Tivemos antecipações de receitas importantes como a do Campeonato Paulista. Tivemos a verba integral antecipada e disputamos o Estadual sem nenhum tipo de receita. Quando o Santos divulgar o balanço financeiro de 2024 constará R$ 40 milhões do Campeonato Paulista, que o Santos não recebeu porque foi antecipado para o ano anterior. Além de outras antecipações, que foram no total de quase R$ 90 milhões”, disse.O treinador aproveitou o momento para explicar a nova forma do clube de lidar com contratações no mercado de transferência. “No Santos se exigiam processos. Tínhamos alguns, mas vulneráveis. Hoje, não. Hoje se fala em um atleta e isso é documentado. Quem indicou, que forma, como se apuraram as decisões. Tudo é bem traçado. Não se perde força. Ganha em equipe. Com analistas você tem uma visão mais profissional e entendimento para que não fique vulnerável. Dá ao Santos a oportunidade de fazer uma avaliação melhor. O treinador participa da decisão. Quando se faz uma avaliação vão todos do futebol e se toma uma decisão até chegar ao Comitê de Gestão. Em termos de processo e análise, se ganhou bastante. Com o investimento que o Santos fez no sistema, que não dispúnhamos, temos a chance de ter uma apuração ainda maior.”Questionado sobre possíveis reforços, Teixeira rejeitou falar de nomes e declarou que tudo está sendo tratado internamente. Alguns nomes vinham sendo cogitados no clube, a exemplo do goleiro Renan e do atacante Benedetto. “Nomes de jogadores não vou falar. É o futebol que trata. Este é o elenco e o futebol continua atento ao mercado. Se tivermos oportunidade de contratações e já fazendo um planejamento de 2025, ótimo. Se surgir essa oportunidade que vem dar ao Santos a melhoria do plantel. O Santos possui, hoje, um elenco que disputa a Série B e o futebol monitora o mercado para um possível reforço”, explicou.Havia ainda a expectativa de que o presidente oficializasse os naming rights da Vila Belmiro durante a coletiva, mas a oficialização ficou para a próxima sexta-feira. O nome da parceira é tratado como uma “informação sigilosa” dentro do clube, mas o Estadão confirmou que trata-se da empresa Viva Sorte, do ramo de capitalização. Os valores da parceria, que já está costurada, giram na casa de R$ 150 milhões. No total, a parceira deterá os direitos sobre o nome do estádio por 10 anos.O mandatário, no entanto, evitou estipular datas do início das obras da nova arena do Santos. “O prazo não fomos nós que demos. Fizemos uma reunião na Vila Belmiro em março. Naquela reunião, a previsão dada para os entendimentos por parte da empresa, que não é o Santos que tem essa responsabilidade. Você só dá essas garantias quando os entendimentos forem realizados”, finalizou.SÉRIE BEnquanto isso, o Santos continua focado na Série B do Campeonato Brasileiro visando encaminhar o retorno à elite do futebol nacional o quanto antes. Líder do torneio, com 37 pontos, o clube paulista volta a campo neste sábado, às 16h, para enfrentar o Avaí, na Vila Belmiro, pela 21ª rodada.
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