Aeroportos regionais alternativos ao Salgado Filho seguem sem gestão

Um mês após serem devolvidos à União, os aeroportos de Vacaria, Torres e Canela, no Rio Grande do Sul, ainda estão sem gestores definidos. Os terminais, anteriormente administrados pela prefeitura e pelo governo estadual, foram devolvidos ao Ministério de Portos e Aeroportos em julho, mas a transferência de gestão ainda não foi oficializada.

A Infraero, que já manifestou interesse em assumir a administração dos aeroportos, aguarda a assinatura do contrato pelo ministério. A estatal se comprometeu a iniciar as operações em até 15 dias para voos regulares nos aeroportos de Canela e Torres, e em até 45 dias para voos de maior capacidade nos mesmos terminais. A expectativa é que a gestão dos aeroportos regionais contribua para a ampliação da oferta de voos, especialmente durante o período de fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que deve ser reaberto em 69 dias.

Infraero pronta para assumir operações

O presidente da Infraero, Rogério Barzellay, destacou a importância da estatal na retomada da normalidade dos voos no estado: “Queremos fazer parte da solução, ajudar com nossa expertise e oferecer alternativas viáveis e seguras para que o Rio Grande do Sul volte à normalidade no que diz respeito à questão aeroportuária”.

A intenção da Infraero é oferecer voos com capacidade para até nove passageiros por viagem em Canela, 72 passageiros em Torres e 165 passageiros no litoral norte gaúcho. No entanto, a concretização dessa operação depende da assinatura do contrato pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

Investimentos necessários para a reestruturação dos aeroportos

Para viabilizar a ampliação da oferta de voos e preparar o estado para possíveis eventos extremos, o governo do Rio Grande do Sul contratou uma consultoria técnica para identificar os investimentos necessários nos aeroportos regionais.

Em Canela, o investimento previsto é de aproximadamente R$ 7 milhões, dos quais R$ 4,46 milhões serão destinados à ampliação da pista de pouso e decolagem. O terminal, anteriormente gerido pela prefeitura, enfrentava dificuldades para atender às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Em Torres, o valor estimado para as melhorias é de R$ 1,69 milhões, com a maior parte dos recursos, R$ 788,22 mil, destinada à melhoria da pista. Esses investimentos são considerados essenciais para garantir a operação dos aeroportos durante o período de suspensão das atividades do Aeroporto Salgado Filho e reforçar a infraestrutura do estado em cenários futuros.


Fonte: GZH

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