Policiais que denunciaram delegado por assédio são transferidas

As quatro policiais civis que denunciaram o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos por assédio sexual e moral foram transferidas da unidade. Segundo a Polícia Civil, a decisão de remover as agentes da 28ª Delegacia Territorial do Nordeste de Amaralina, em Salvador, “visa a proteção das mulheres”. [veja ao final]Leia Mais:>> Delegado denunciado por assédio a investigadoras nega as acusações>> Mulheres que denunciaram delegado em Salvador passam por psicólogoO delegado ACM Santos, como é mais conhecido, foi exonerado do cargo após ser acusado de assediar colegas de farda. As denúncias foram feitas por quatro investigadoras do departamento, e ouvidas pelo MP-BA no dia 23 de setembro.As mulheres relataram que o oficial Antônio Carlos Magalhães Santos fazia piadas com tons ousados direcionadas a elas. Em entrevista exclusiva à reportagem do Portal A TARDE, o delegado negou as acusações e afirmou que será ouvido na corregedoria para apresentar sua versão dos fatos.“Não existe nenhuma verdade nisso aí, e é claro que os autos vão provar isso com a minha oitiva e outras coisas que já estão sendo ouvidas na delegacia, dando a verdade dos fatos. Mas a motivação disso é essa: são policiais que queriam trabalhar no plantão da delegacia 24 por 72. Eu coloquei essas mulheres, que são recrutas, para trabalhar no SI. Como o SI da 28 é um SI perigoso, uma área conflagrada, eu acho assim: se você entrar na polícia, você tem que trabalhar no que você se propõe. Isso aí causou uma revolta, causou uma espécie de coluio entre elas”, disse.Segundo a Polícia Civil, as investigadoras estão recebendo acompanhamento psicológico do Departamento Médico da Polícia Civil (Demep). Nota na íntegraA Polícia Civil da Bahia esclarece que as remoções das quatro servidoras lotadas na 28ª Delegacia Territorial (DT/Nordeste de Amaralina), após início de investigação sobre denúncias de assédio sexual e moral contra o Delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, foram levadas a efeito pelo Gabinete da Delegada- Geral (GDG), com base na gestão de sua política institucional, que visa a proteção das mulheres, por intermédio da Portaria n° 576 de 30 de Dezembro de 2021. Ela define ações para implantação de políticas voltadas a coibir possíveis atos de violência contra mulheres, imputados aos servidores da Polícia Civil da Bahia.A Instituição também possui outra portaria recente, n° 307 de 28 de Junho de 2023, que reforça o desenvolvimento de estratégias e ações de prevenção ao assédio moral e sexual, criando um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e respeitoso.Por fim, ressaltamos que as remoções das servidoras não foi decorrente de qualquer Mandado de Segurança, como afirma o veículo de comunicação Bahia Notícias, e sim pelo compromisso da Polícia Civil em cuidar do bem-estar dos seus servidores, sendo que o processo de remoção ocorreu entre os dias 12, 16, 18 e o último nesta terça-feira (22), conforme finalização da licença médica das quatro servidoras.As servidoras continuam recebendo acompanhamento psicológico pelo Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional (DPSV), enquanto que o Delegado acusado segue sendo investigado pela Corregedoria, além de ter sido exonerado do cargo de titular da unidade
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