Mais de 10% da população jovem gaúcha não estuda nem trabalha

Um estudo realizado pelo Observatório Juventudes e pelo Data Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) revela uma preocupante realidade: cerca de 229 mil jovens no Rio Grande do Sul, entre 15 e 29 anos, não estudam nem trabalham.

Esses jovens, frequentemente denominados “nem-nem”, equivalem à população de um município de tamanho médio, como Novo Hamburgo, e superam a população de 98% das cidades do Estado.

Esse levantamento, que analisa dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (PNADc), destaca a exclusão educacional e profissional de uma parcela significativa da juventude gaúcha. Embora o percentual de 10% seja inferior à média nacional, a situação é agravada entre grupos específicos, como jovens de baixa renda, negros e mulheres, ampliando as desigualdades sociais já existentes.

Só trabalho

Um dado alarmante é o aumento de adolescentes entre 15 e 17 anos que, em vez de estarem dedicados exclusivamente aos estudos, ingressam precocemente no mercado de trabalho. Em 2022, o percentual de jovens nessa faixa etária que “só trabalha” saltou para 6,3%, um reflexo da transição econômica pós-pandemia.

Para enfrentar esse cenário, especialistas sugerem a necessidade de políticas públicas integradas que garantam não apenas o acesso à educação, mas também a segurança alimentar, transporte e saúde, como forma de assegurar um desenvolvimento completo e sustentável para essa faixa etária.

O estudo será detalhado no Boletim Juventudes: Levantamento Sobre Estudo e Trabalho da População Juvenil no Brasil e no Rio Grande do Sul, a ser lançado em breve. O boletim faz parte de uma série de publicações que a PUCRS pretende lançar, abordando diferentes aspectos dos direitos sociais dos jovens, com foco na melhoria das condições de vida e no combate às desigualdades sociais.


Fonte: GZH e PUC e outros /

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