Cliente que jogou suco em atendente de lanchonete é indiciada por injúria

Uma cliente foi indiciada pela Polícia Civil por injúria “real” após jogar suco em uma atendente de uma lanchonete em Porto Alegre. O incidente ocorreu no final de setembro em um shopping na Zona Norte da cidade, quando a cliente se irritou ao ser informada de que a loja não fornecia canudos, conforme a política local.

O crime de injúria real, conforme o Código Penal, é caracterizado quando a ofensa é acompanhada de violência ou vias de fato consideradas aviltantes. A pena para esse crime pode variar de três meses a um ano de prisão. Durante o depoimento, a suspeita preferiu permanecer em silêncio.

Detalhes do caso

O incidente aconteceu no dia 28 de setembro, quando a cliente jogou a bebida na atendente após um desentendimento. A atendente relatou a situação em um vídeo divulgado nas redes sociais, onde descreveu a humilhação sofrida. Após a agressão, a empresa responsável pela lanchonete ofereceu suporte jurídico e psicológico à funcionária e registrou um boletim de ocorrência, anexando imagens de segurança para auxiliar na identificação da cliente.

Resposta da empresa

A empresa se manifestou publicamente lamentando o ocorrido, destacando que tomou todas as providências necessárias e que continuará colaborando com as autoridades para garantir a responsabilização da agressora. Em nota, também reforçou seu compromisso com o bem-estar de seus colaboradores.

Veja na íntegra:
Nota da empresa

“A Mini Kalzone lamenta profundamente o incidente ocorrido no dia 28 de setembro de 2024, em uma de nossas unidades franqueadas em Porto Alegre, onde nossa colaboradora foi vítima de uma agressão e humilhação inaceitáveis por parte de uma cliente. O fato teve origem na insatisfação da cliente com a política de não fornecermos canudos, adotada em estrito cumprimento à legislação local.

Desde o momento do ocorrido, nossa equipe atuou prontamente para prestar suporte necessário à colaboradora, oferecendo recursos para que ela pudesse retornar para casa em segurança e ser acolhida no ambiente familiar. Além disso, de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora.

Em menos de 8 horas após o ocorrido, foi registrado um Boletim de Ocorrência, anexando as imagens de segurança da loja.

Desde o ocorrido, permanecemos colaborando ativamente com as autoridades para garantir que os responsáveis sejam identificados e que a justiça seja feita, agindo com transparência e respeito aos trâmites legais. Esclarecemos que, em conformidade com as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as imagens de segurança não podem ser compartilhadas publicamente, estando disponíveis apenas para as autoridades competentes.

A Mini Kalzone disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora, reafirmando nosso compromisso em garantir seu bem-estar e segurança. Para nós, este não é apenas um caso isolado de violência, mas uma afronta aos valores e princípios que defendemos. Não mediremos esforços para proteger nossa equipe e buscar a responsabilização pelos atos cometidos.

Agradecemos a compreensão e o apoio de todos. Seguiremos empenhados para que essa situação seja resolvida com justiça e transparência, defendendo sempre o respeito e a integridade de nossos colaboradores”.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais e a atendente, que está em licença médica, deve retornar ao trabalho em uma unidade diferente nos próximos dias.

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