La Niña ainda não se confirma e fenômeno permanece incerto para os próximos meses

O aguardado fenômeno climático La Niña ainda não se manifestou, e a sua ocorrência nos próximos meses segue incerta, segundo a MetSul Meteorologia. Apesar das expectativas, as condições atuais indicam neutralidade no Pacífico, com um leve resfriamento das águas superficiais na faixa equatorial. As últimas atualizações da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), agência de clima dos EUA, apontam que, caso o fenômeno ocorra, ele será muito fraco e possivelmente breve, mantendo-se próximo da neutralidade.

Previsões da NOAA

De acordo com o boletim de outubro da NOAA, a probabilidade de La Niña para o trimestre outubro a dezembro de 2024 é de 71%, enquanto a chance de neutralidade é de 39%. No trimestre novembro de 2024 a janeiro de 2025, essa chance aumenta para 75% para La Niña e 25% para neutralidade, sem possibilidade de El Niño. Entretanto, a MetSul destaca que, mesmo com essas probabilidades, o cenário mais provável é de um evento de La Niña muito fraco e breve, sem grandes impactos.

Neutralidade

A MetSul Meteorologia mantém cautela em relação à ocorrência da La Niña. A agência aponta que, embora a NOAA projete uma probabilidade alta, o cenário de neutralidade deve permanecer no curto prazo. A temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste, medida pela NOAA, está em -0,4ºC, o que indica neutralidade (a faixa de neutralidade é de -0,4ºC a +0,4ºC).

Impactos da La Niña no Brasil

Quando presente, o fenômeno La Niña tem impactos significativos no clima global, especialmente no Sul do Brasil, onde pode causar estiagens e influenciar a entrada de massas de ar frio. Durante a última ocorrência prolongada de La Niña, entre 2020 e 2023, houve crises hídricas no Sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Caso um novo episódio se confirme, o Sul do Brasil pode enfrentar menos chuvas e maior risco de estiagem, enquanto as regiões Norte e Nordeste podem registrar um aumento nas precipitações.

Apesar das incertezas, a MetSul reforça que a La Niña, se formada, será um evento de curta duração e baixa intensidade, com impacto reduzido no cenário climático global.

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