População de animais selvagens caiu 73% em 50 anos, aponta estudo

Um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), divulgado nesta quinta-feira (10), aponta que as populações de animais selvagens diminuíram, em média, 73% nos últimos 50 anos. Na América Latina e Caribe, a perda é ainda maior, atingindo 95%. O relatório “Planeta Vivente” foi publicado dias antes da COP16 sobre Biodiversidade, que acontecerá na Colômbia.

A análise revela que a diminuição corresponde ao tamanho das populações de diversas espécies, e não ao desaparecimento de 75% dos animais selvagens. O relatório analisa cerca de 5.500 vertebrados, distribuídos em 35 mil populações pelo mundo, monitoradas desde 1998 pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL). O índice tornou-se referência internacional para medir o estado dos ecossistemas naturais, apesar de críticas à sua metodologia, que supostamente superestima o declínio.

O estudo também revela grandes diferenças regionais. A população do boto rosa do Amazonas, por exemplo, caiu 65% entre 1994 e 2016, enquanto o bisão europeu, extinto em 1927, agora conta com 6.800 indivíduos. As espécies de água doce foram as mais afetadas, com uma queda de 85%, seguidas pelos vertebrados terrestres (-69%) e marinhos (-56%).

Embora a situação seja crítica, o relatório destaca que o ponto de não retorno ainda não foi alcançado, e esforços como o Acordo de Paris e o Acordo de Kunming-Montreal, que estabelece metas de proteção da natureza até 2030, oferecem esperança. A COP16 terá como principal desafio impulsionar a implementação dessas iniciativas.

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