Jovem doa cabelo e inspira campanha de solidariedade

Aos 14 anos, Davi Alves dos Santos encontrou uma maneira especial de apoiar sua madrinha, diagnosticada com câncer e em tratamento: ele deixou o cabelo crescer por mais de um ano, com o objetivo de doar uma mecha em solidariedade, Davi foi até o Centro Estadual de Oncologia (CICAN) para realizar o corte e doar ao Projeto Fios Solidários, que transforma cabelos doados em perucas para pacientes em tratamento oncológico. A ação calhou de acontecer em meio ao Outubro Rosa mês voltado para a conscientização e prevenção do câncer de mama.O jovem acompanhou de perto o tratamento de sua madrinha, Márcia, quando ainda era criança. Um dos momentos mais marcantes para ele foi quando viu o cabelo dela começar a cair. “Eles ficaram paralisados por ser tão crianças e não entender o que significava aquilo”, relembra Márcia.Sensibilizado pelo impacto do tratamento em sua madrinha, anos depois Davi tomou a decisão. “Ele falou que ia deixar o cabelo crescer porque queria fazer a doação para as pessoas que tivessem precisando, como eu precisei”, conta Márcia.A decisão surgiu na mente de Davi pouco antes da pandemia. “No início da pandemia que eu cortei”. Mas teve que deixar guardado por conta do isolamento sicial. A oportunidade de doar para o projeto no CICAN surgiu, especialmente após o sogro de Márcia também ser diagnosticado com câncer. “Coincidentemente, vimos uma placa sobre o Fios Solidários e decidimos que seria lá que Davi faria a doação,” conta Márcia, ressaltando que ele fez questão de que ela estivesse presente nesse momento especial.Apesar de estar preparada para perder o cabelo durante a quimioterapia, Márcia conta que o mais difícil foi lidar com o olhar de piedade das pessoas.O gesto de Davi, ao doar seu cabelo, reforçou nela a atitude positiva e trouxe ainda mais apoio, motivando-a a compartilhar sua história para inspirar outras pessoas a enfrentar o câncer.Projeto Fios SolidáriosO projeto Fios Solidários, criado em 2019 pela equipe de Serviço Social do CICAN, nasceu da percepção de como o câncer e os efeitos colaterais do tratamento impactam a autoestima das pacientes. O programa busca não apenas elevar a autoestima, mas também oferecer apoio emocional no enfrentamento mais positivo da doença.*Sob a supervisão da jornalista Isabel Villela
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