| Foto: Rodrigo Rosenthal | Divulgação
Brizzi, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, destacou que Gil interpreta 20 músicas ao longo do espetáculo. “Gil está em cena o tempo todo conosco. Ele canta como nunca antes, junto ao coro e aos solistas”, disse o maestro, que antecipou ainda que a Bahia será palco de uma novidade:
A Bahia é o lugar ideal para oferecer ao público essa novidade: 47 músicas novas inéditas, que ninguém nunca ouviu
Aldo Brizzi
A criação de Amor Azul foi um processo cuidadoso e colaborativo entre Gilberto Gil e Aldo Brizzi. “Fizemos a música com base no texto, eu escrevi o libretto, que são textos antigos, mas de uma forma mais contemporânea”, explicou Brizzi.Segundo o maestro, cada momento da história exigia uma abordagem musical específica. “Se era uma música de amor, de ciúmes, a gente dava um sentido musical a tudo isso”, afirmou.
Aldo Brizzi e Gilberto Gil
| Foto: Rodrigo Rosenthal | Divulgação
Brizzi também destacou a importância de definir o papel de cada artista no espetáculo, garantindo que a interpretação fosse alinhada com o enredo.
Definíamos quem seria o cantor, o coro ou o contador da história, que narrava o momento dramático através da canção
Aldo Brizzi
Uma história de amor com sotaque baianoPara o maestro, a relação de Gil com Salvador e sua musicalidade foi essencial na construção do espetáculo. “Os solistas vêm da música lírica, mas trazem aquele sotaque baiano, ritmos e timbres que aproximam a ópera da música popular”, explicou Brizzi.Leia mais:>>> Salvador é finalista em prestigiada premiação global de música>>> “Carnaval não vai existir daqui a 10 anos”, opina Fábio Almeida>>> Falta espaço? Artistas debatem sobre locais para shows em SalvadorGlauber Amaral, diretor de produção, também destacou a expectativa para o show na capital baiana:
Esperamos que Salvador se contagie com a espiritualidade musical de Gil e com a sutileza dos tambores do candomblé
Glauber Amaral
Ele também revelou que o espetáculo terá um toque especial em Salvador, “no templo da Neojiba e no terreno da Concha Acústica”. “O Amor Azul aportará no infinito mar da Bahia”, finalizou.Do divino ao humano, o amor em dois atosCom composições de Gil e Brizzi, Amor Azul se desenrola em dois atos, transportando o público entre a Índia mitológica e o Brasil contemporâneo. Gil, além de compositor, assume o papel de narrador, interpretando Jayadeva, contador da história, e o deus Vishnu.
| Foto: Rodrigo Rosenthal | Divulgação
O espetáculo, que já foi apresentado em Paris e São Paulo, teve grande sucesso com críticas aclamando sua originalidade. “Nunca tinham visto os membros da Orquestra da Radio France tão entusiasmados”, destacou o jornal francês ‘Le Monde’.
FICHA TÉCNICAMúsica: Gilberto Gil e Aldo BrizziLibreto: Aldo Brizzi (colaboração André Vallias)Orquestração: Aldo BrizziJayadeva / Vishnu: Gilberto GilKrishna: Josehr SantosRadha: Irma FerreiraSakhi: Graça ReisEspírito da Floresta: Jean WilliamGopi 1: Nila ClaraGopi 2: Milla FrancoViolões populares: Bem Gil e Ruan de SouzaPercussionistas afro-brasileiros: Iuri Passos, Luan Badaró e Alin GonçalvesPreparadora do Coro: Lucie Barluet de BeauchesneOrquestra e coro do NeojibaNúcleo de Ópera da BahiaMaestro: Aldo BrizziDireção de Produção: Glauber Amaral – Barravento Artes
Serviços
Estreia Amor Azul: ópera de Gilberto Gil e Aldo Brizzi em SalvadorQuando: 23 de novembro (sábado)Onde: Concha Acústica – Teatro Castro AlvesAbertura dos portões: 17hInício previsto da apresentação: 18h30Duração: 2h, com intervalo de 20 minutosIngressos: De R$ 50 a R$ 180Bilheteria: Bilheteria do TCA, sem adição de taxa de serviçoCompra online: SymplaRealização: Íris Produções, GEGE Produções Artísticas e Barravento Artes
*Sob supervisão de Bianca Carneiro