Queda de avião em Vinhedo: Cenipa revela se já há possíveis causas

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB) falou pela primeira vez para a imprensa, nesta sexta-feira, 9, a respeito da queda de um avião em Vinhedo, no interior de São Paulo. Tragédia provocou 61 mortes, sendo 57 passageiros e 4 tripulantes.>>> Avião que caiu em SP é o mesmo que fazia voo entre Salvador e FeiraO brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, afirmou que “tudo ainda é muito prematuro” e explicou que as investigações vão apurar fatores humanos, ambientais e do equipamento para a queda.>>> Viola Davis faz homenagem a vítimas de acidente de avião em VinhedoA Cenipa também ressaltou que peritos estavam a caminhos do local em São Paulo. “O que nós temos até agora é essa catastrófe desse evento. São os dados factuais”, disse.”Importante deixar claro que tudo que nós temos nesse início da investigação, tudo é muito prematuro, até mesmo aquilo que nós poderemos ventilar neste momento, que porventura venha se concretizar no futuro, ainda é muito prematuro”, explicou o brigadeiro.>>> Gabinete de crise é criado em local de acidente aéreoMarceo Moreno também garantiu que o avião estava em condições regulares de documentação e explicou que “a Voepass é uma empresa de transporte regular, não é uma empresa de táxi aéreo”.”A aeronave se encontrava em condições normais de aeronavegabilidade, como chamamos. Foi construída em 2010 e usada no Brasil em 2022. Nesse caso, está tudo de acordo previsto com a nossa regulamentação”, informou.Desastre aéreo em SPUm avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência.Estavam na aeronave 4 tripulantes e 57 passageiros no momento do acidente.O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.“Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal.”
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