Mulheres do Brasil brilham mais uma vez em Paris: ouro no vôlei de praia

Em um duelo eletrizante, Ana Patrícia e Duda levaram o Brasil ao topo do pódio nos Jogos Olímpicos de Paris! Nesta sexta-feira (9), as brasileiras superaram as canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1, com parciais de 26/24, 12/21 e 15/10, trazendo o ouro para casa em uma final inesquecível, marcada por lances inusitados e viradas.

Essa vitória não foi apenas mais um triunfo, mas o encerramento de dois jejuns históricos para o vôlei de praia brasileiro. Depois de oito anos, o Brasil volta a conquistar uma medalha olímpica na modalidade, um feito que não ocorria desde a Rio 2016 com Alison e Bruno. E, após 28 anos de espera, o vôlei de praia feminino também retoma seu lugar de honra com o ouro olímpico, repetindo o feito icônico de Jackie Silva e Sandra Pires em Atlanta 1996.

Uma batalha emocionante

O início do jogo foi dominado pelas canadenses, que rapidamente abriram 8 a 2 no primeiro set com saques potentes e jogadas rápidas. Mas Duda e Ana Patrícia, com uma determinação inabalável, viraram o jogo, fechando o set em 26 a 24, mostrando que estavam prontas para lutar até o fim.

O segundo set foi equilibrado até que as canadenses, mais uma vez, assumiram o controle, vencendo por 21 a 12 e levando a partida para o tie-break. No entanto, as brasileiras voltaram com tudo, e Duda brilhou no fundo de quadra, aproveitando os erros das adversárias e garantindo o ouro com um 15 a 10 decisivo.

Vôlei de praia Ouro Paris COB 2

A caminhada dourada

Invictas até a final, Duda e Ana Patrícia perderam apenas um set em todo o torneio, justamente na semifinal contra as australianas Mariafe e Clancy. Desde a fase de grupos até as quartas de final, as brasileiras demonstraram superioridade, vencendo todos os jogos por 2 a 0. A jornada para o ouro incluiu vitórias sobre adversárias de peso, como as italianas Gottardi e Menegatti, as espanholas Liliana e Paula, e as egípcias Marwa e Elghobashy.

Com essa conquista, Duda e Ana Patrícia escrevem seus nomes na história do esporte, levando o Brasil novamente ao topo do vôlei de praia mundial.

Elas

Até o momento, os brasileiros só conseguiram o lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de 2024 em três oportunidades, todas com mulheres. As outras duas na ginástica e judô.

Na categoria 78kg+ do judô, Beatriz Souza conseguiu o título ao derrotar a número 1 e 2 do mundo, na semi e final — respectivamente. Já no solo da ginástica artística, Rebeca Andrade superou Simone Biles para ficar com o ouro no aparelho.

Outras

Nesta sexta, o Brasil conquistou outras duas medalhas. O canoísta Isaquias Queiroz conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000 metros, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com o feito, ele conquista sua quinta medalha olímpica, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, com seis medalhas.

Em uma corrida emocionante, no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, o canoísta conseguiu sair da quinta posição, a mais de 2 segundos do líder, para chegar em segundo lugar, atrás apenas de Martin Fuksa, da República Tcheca. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia.

Além da prata obtida em Paris, o canoísta brasileiro já conquistou ouro no C1 1000m em Tóquio 2020; prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016; e bronze no C1 200m, também nos Jogos do Brasil.

Com o feito, Isaquias se iguala, em número de medalhas olímpicas, a Robert Scheidt e Torben Grael, todos com cinco medalhas. A ginasta Rebeca Andrade é a maior medalhista brasileira, com seis medalhas.

Por ironia do destino, Isaquias é natural de Ubaitaba (BA), termo tupi-guarani que significa “cidade das canoas”, como bem lembrou o Comitê Olímpico do Brasil em seu site, ao relatar o histórico do canoísta.

O Brasil também um bronze com Alison dos Santos foi bronze dos 400m com barreiras.


Fotos: COB Luiza Moraes/COB

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