Jogador Raudinei comemora gol pelo Bahia
| Foto: Cedoc A TARDE
Espera aí. E Raudinei? O atacante estava no banco, com a lendária camisa 15, aguardando o chamado para a história. Ele entraria no decorrer da partida, no lugar do volante Maciel, para ser o herói da Nação Tricolor. O baixinho gigante Naldinho também entraria no lugar de Zé Roberto.O rival ainda contava na escalação com alguns nomes da campanha de vice do Brasileiro do ano anterior, como o lateral Rodrigo, os zagueiros João Marcelo e China e os atacantes Alex Alves e Picchetti. Também tinha Ramón Menezes e o centroavante Dão, que davam trabalho para o Tricolor.Apesar de ser uma decisão, aquele Ba-vi não é oficialmente uma final de Baiano. Naquele ano, a fase decisiva contou com um triangular, envolvendo o Esquadrão, campeão de dois dos quatros turnos, o Camaçari, campeão do primeiro, e o Vitória, que venceu o segundo. E o Esquadrão chegou à rodada final com a vantagem do empate para ficar com o título.
Alex Alves em ação pelo Vitória em 1993
| Foto: Arlindo Felix / Ag. A Tarde
Com mais de 100 mil torcedores presentes na Fonte, sendo o maior público registrado na história dos Ba-vis, foi o Vitória que saiu na frente, com um gol de Dão no final da primeira etapa. Mesmo tendo mais chances de gol, o Bahia foi para o vestiário em desvantagem no marcador.Depois do intervalo, o Bahia precisou se expor mais e partiu para a trocação. Os goleiros, em tarde inspirada, entretanto, insistiam em manter aquele incômodo 1 a 0 no placar. Roger, pelo Vitória, e Jean, pelo Bahia, se destacavam com grandes defesas.
Atacante Uéslei Pitbul
| Foto: Antonio Saturnino/Cedoc A TARDE
Quanto mais o tempo passava, a torcida do Vitória ficava mais confiante e já comemorava a conquista do título, provocando, nas arquibancadas.Até que Jean passou para Missinho, que mandou para a frente, Advaldo NBA ganhou pelo alto, Souza, também, e a bola chegou à outra área, na medida, para o pé esquerdo de Raudinei, que explodiu a torcida tricolor, com um chute certeiro e inesquecível.