A greve dos trabalhadores terceirizados da JMT, que prestam serviços no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, continua, impactando diretamente o atendimento e as condições de trabalho na unidade. A paralisação, iniciada na quarta-feira (18), é resultado de um atraso no pagamento de salários que já dura 51 dias, além da falta de outros direitos trabalhistas, como vale-alimentação, terço de férias e depósito do FGTS.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), que esteve no hospital na sexta-feira (20) para apurar a situação, foi constatado que, apesar do repasse financeiro da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) à JMT ter sido realizado na quarta-feira (18), os funcionários ainda não receberam seus pagamentos.
A greve permanece, causando grande preocupação, principalmente entre os profissionais da saúde, que agora enfrentam longos plantões sem direito a alimentação. O Hospital Tarcísio Maia, uma referência em atendimento para toda a região Oeste do Rio Grande do Norte, enfrenta desafios ainda maiores devido à paralisação dos serviços terceirizados, o que compromete tanto o bem-estar dos trabalhadores quanto a assistência aos pacientes.
Além de afetar os trabalhadores terceirizados da JMT, a paralisação tem atingido também os profissionais da saúde do hospital, que estão sendo obrigados a trabalhar sem alimentação. Muitos relatam exaustão por conta da falta de condições mínimas de trabalho. Para agravar a situação, há relatos de terceirizados que, por falta de dinheiro, sequer têm como arcar com o custo do transporte para chegar ao hospital.
Por sua vez, o Sindsaúde/RN condenou publicamente a demora no pagamento dos direitos dos trabalhadores e cobrou ações mais efetivas por parte do governo estadual. “O governo Fátima Bezerra (PT) precisa agir para solucionar essa situação. A gestão não toma medidas punitivas contra a empresa nem encerra o contrato, e quem paga o preço são os trabalhadores e os pacientes que dependem do hospital”, declarou o sindicato em nota.
Em resposta, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que já efetuou o repasse dos recursos à JMT e que vem dialogando com a empresa para garantir o retorno pleno dos serviços. De acordo com a Sesap, a alimentação dos pacientes está sendo mantida normalmente, mas ainda não há previsão de resolução para o impasse envolvendo o pagamento dos trabalhadores terceirizados.
O atraso no pagamento dos funcionários da JMT não é um caso isolado. O Sindsaúde/RN destacou que esse problema tem se tornado recorrente, prejudicando quem desempenha atividades essenciais dentro do hospital.
O Hospital Tarcísio Maia, sendo uma unidade de grande porte e referência para a região, tem uma demanda alta de pacientes que dependem do bom funcionamento dos serviços, tanto médicos quanto de suporte, como limpeza, manutenção e alimentação. A falta de pagamento compromete todas essas áreas, elevando o nível de preocupação de toda a comunidade atendida.
Os trabalhadores da JMT seguem reivindicando o pagamento imediato dos salários atrasados e a regularização de seus direitos. Até que isso aconteça, a greve deve continuar, ampliando seus impactos no funcionamento do hospital.
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