IFRN Cidade Alta quer reabrir com centro de tecnologia e rádio

Fechado ao público desde 2020, o prédio do IFRN – Cidade Alta na Avenida Rio Branco, em Natal, deve permanecer mais algum tempo sem funcionar, mas planeja retornar no futuro com um centro de tecnologia e cultura, uma rádio FM e até um cine teatro. A instituição informou que as obras no prédio vão começar em breve, mas não precisou a data.

Localizado numa avenida de grande circulação e de comércio da capital, o prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1999. O local foi fechado com o início da pandemia e, na retomada das aulas, os cursos que funcionavam lá passaram a se concentrar nas Rocas, deixando a edificação da Cidade Alta somente com atividades administrativas. A unidade também mudou de nome para IFRN – Centro Histórico, com o intuito de contemplar os outros bairros da região.

Segundo a assessoria de comunicação do IFRN, existe um projeto de reforma do prédio que está em fase de conclusão. O centro de tecnologia e cultura deverá ter espaço para empreendedorismo, pesquisa científica e promoção institucional. 

“As obras vão começar em breve, levando em consideração os aspectos históricos do prédio”, disse a instituição.

Reitor do IFRN, José Arnóbio informou ainda que outras ações envolvem a implementação da rádio FM do IFRN.

“E a ideia é que possamos implementar também um cine teatro na Cidade Alta, além da oferta de cursos de qualificação profissional neste espaço”, afirmou.

A Rádio IFRN Educativa será vinculada à Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP). No projeto de expansão da RNCP, o IFRN recebeu a concessão de uma emissora de rádio, que deve entrar em funcionamento até o final deste ano, tendo gestão-administrativa realizada pela Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern).

A emissora vai funcionar sob concessão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em projeto junto à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), que busca ampliar a Rede Nacional de Comunicação Pública. Inicialmente, terá um alcance voltado à Grande Natal, mas o objetivo é ampliar parcerias e aumentar o número de cidades atendidas.

O projeto faz parte de uma expansão nacional da RNCP. Em dezembro do ano passado, o IFRN e outros 15 institutos federais entraram na Rede Nacional. Com a adesão, serão implantadas 49 novas estações de rádio FM, que irão veicular programação local, dos próprios institutos, e conteúdos da TV Brasil, da Rádio Nacional e da Rádio MEC.

Histórico

Foto: Sérgio Henrique Santos (2009)

Antes de fechar e transferir suas aulas para as Rocas, a unidade da Cidade Alta teve o início das atividades em 23 de setembro de 2009, após a recuperação e reinauguração do casarão do século XX. 

O prédio que foi doado em 1913 pelo então governador Alberto Maranhão abrigou, na época, o primeiro formato do Instituto, a Escola de Aprendizes Artífices, que durou 54 anos. Em 1967, a Instituição foi transferida para o prédio novo da Avenida Salgado Filho, onde hoje é o Campus Natal – Central.

Assim, o prédio foi repassado para o Instituto Nacional do Livro e, em seguida, para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde foi instalada a TV Universitária, entre 1975 a 1995. De 1996 a 2007, o espaço passou a ser chamado de República das Artes após ser ocupado por mais de 20 grupos artísticos da cidade. Em 2008, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN) teve o pedido de reintegração de posse do prédio aprovado pelo Conselho de Administração (Consad) da UFRN, iniciando o trabalho de restauração do local.

Já em 2016, o IFRN ganhou mais uma unidade, localizada no bairro das Rocas, também na zona leste da cidade, onde foram transferidos os cursos técnicos de Multimídia e Lazer.

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