Kleber Rosa confronta apoio de Lula a Geraldo Jr.

Apesar de se colocar como “único candidato de esquerda” em Salvador, Kleber Rosa (PSOL), não conquistou o apoio pleno do presidente Lula (PT) na disputa pela cadeira do Palácio Thomé de Souza, que será decidida no dia 6 de outubro. O psolista, contudo, diz acreditar que a questão não impacta na capilaridade de votos em torno do seu nome e relembra as eleições de 2022.“Quando a gente fala de que o eleitor votou em Lula e ACM Neto, a gente não pode ignorar o fato de que ACM Neto flertou com apoio de Lula. A campanha dele produziu material dele com Lula e disputou voto. A gente não pode ignorar isso. Então, isso, em alguma medida coloca por terra a tese de que as pessoas votaram em ACM Neto por ele ser de direita e Lula por ser de esquerda. Os eleitores foram convidados a se confundir”, afirmou o psolista nesta quinta-feira, 19.O presidente Lula (PT) já anunciou apoio ao nome do candidato Geraldo Jr. (MDB), aposta do PT na Bahia. O terceiro convidado do A TARDE Eleições também citou as recentes pesquisas eleitorais como termômetro para entender o que pensa a população soteropolitana sobre os candidatos apoiados por Lula ou não.“A gente não pode falar nesse momento que essas estratégias estão dando erradas se baseando por pesquisas. Até porque nessas pesquisas o que a gente vê é que a metade da população não decidiu voto. Então, o que na prática, o que a gente vê de pesquisas 69% para o prefeito se torna 20%, 30% do todo”, disse o candidato.Durante o bate-papo, o psolista afirmou que ainda há “muitos votos a serem disputados” e mantém a esperança de que o seu nome seja levado até o segundo turno.“A maioria das pessoas deixam para decidir de última hora. Estudam as opções. E eu estou focando em me apresentar, apresentar o programa e defender o meu lado, a minha história e a minha biografia e dizer de que lado eu sempre estive”, declarou.O postulante justificou o motivo de se posicionar como “candidato de esquerda” e alfinetou o prefeito de Salvador e candidato à reeleição, Bruno Reis (União Brasil), que foi colocado na posição de “bom gestor”, após a divulgação de levantamentos sobre o tema.“Quando eu me reivindico de esquerda, eu estou falando da minha coerência. E estou sendo honesto com o nosso povo. Não basta se apresentar como bom gestor, se por trás, não está dito qual o tipo de gestão você defende. Você quer ser um bom gestor para atender aos interesses de quem?”, questionou Rosa.Assista entrevista na íntegra
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