Ione Barbosa quer ônibus rosa, guarda armada em hospitais e mais praças

eleicoes 2024Ione Barbosa (Avante) foi a quinta dos seis candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora entrevistados pela Rede Tribuna, nesta terça-feira (17), em ordem definida por sorteio. Ao longo de uma hora, a candidata respondeu perguntas relacionadas às propostas do próprio plano de governo para transporte, segurança, esporte e cultura, além de uma pergunta da concorrente Margarida Salomão (PT), entrevistada da última quinta (12).

Ione lembra que, ainda exercendo o mandato de deputada federal, teve votos em 433 municípios, mas “tem um compromisso com os próprios eleitores, de voltar a ser candidata a prefeita”.

Conversas com o estado

Já tratando da Zona da Mata, Ione afirma que é preciso trazer empresas para que Juiz de Fora assuma um protagonismo que, segundo ela, não exerce. “Precisamos fazer com que as pessoas se formem aqui e fiquem aqui. Como? Tendo emprego para essas pessoas e pagando bem, é isso que nós vamos fazer.”

“Primeiro, a gente tem que começar a conversar, com o Governo estadual e federal. A gente tem que ter uma administração, inclusive, quem sabe, até uma subsecretaria responsável por fazer essa interlocução: ter pessoas especializadas em buscar empresas para que a gente possa gerar empregos”, propõe.

Ainda na relação com o estado e os impactos da cidade na região, Ione revela que não havia conversado com o governador Romeu Zema (Novo) sobre o Hospital Regional antes do evento em que ele declarou apoio à sua candidatura, no início deste mês: “Logo depois, tivemos uma reunião rápida. Nós retomamos essa pauta e ele se comprometeu a nos ajudar a retomar, sim, o Hospital Regional.”

A candidata, no entanto, não confirma se as obras serão retomadas caso seja eleita: “Ele disse que vamos resolver juntos o problema. A primeira pauta a ser resolvida é marcar um momento com o governador, vamos sentar juntos e resolver juntos essa questão”.

Ela reitera que o compromisso que tem, sim, do governador, é de “resolver aquela situação” de “um cartão postal da nossa cidade ruindo”.

Guarda armada

Outro “intento” de Ione para os hospitais de Juiz de Fora, assim como para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), é a presença da Guarda Municipal armada, para ajudar na integração com as polícias Civil e Militar. As escolas também terão a presença da força de segurança, afirma.

“Como, infelizmente, a gente não tem policiais suficientes, vamos aumentar, assim que possível, o contingente da Guarda Municipal. Nós temos condições de fazer isso, a lei autoriza. E aumentar bastante, para que possa ser mais uma força, que ainda não é o suficiente, se a gente não trabalhar de forma integrada”, ressalta, lembrando ainda o compromisso de retornar com postos policiais.

Ione Barbosa quer ônibus rosa, guarda armada em hospitais e mais praças
(Foto: Leonardo Costa)

VLT e ônibus rosa

“Nós não vamos retirar os trens, é exatamente o contrário: nós vamos implementar a linha férrea paralela, para que possamos ter um Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT”, Ione promete, para resolver “90% do nosso problema de trânsito”.

Segundo ela, já está sendo realizado um projeto de viabilidade técnica, e ela aguarda para saber se será aprovado ou não. Se for, a candidata afirma que exigirá da MRS contribuição nos gastos para a implantação do novo sistema de transporte.

Já para o modal que já existe, Ione manterá os subsídios para a operação dos ônibus, bem como as gratuidades, que serão pagos por quilômetro rodado. Segundo ela, a medida gera transparência e “só é preciso fiscalizar”.

Nesta nova forma de pagamento às concessionárias, haverá ainda aumento da rodagem, diz. Ione afirma que irá criar novas linhas e colocar no contrato a condição de haver um ônibus rosa, principalmente no horário de pico. O compromisso assumido será para exclusividade de mulheres nesses veículos, na tentativa de evitar assédios. “Já fiz várias prisões nesse sentido, tanto que, na época, a gente fez até um movimento de prevenção: a gente dava um apito rosa para as mulheres, muitas têm até hoje, colocam nas bolsas e até hoje utilizam. Quando tem o problema, elas apitam, o ônibus para, e o motorista chama a polícia”, conta.

Também contra o assédio, faz parte das propostas a criação de um centro de acolhimento para servidores públicos vítimas. Ela afirma que a medida é necessária de imediato. “A gente precisa tratar, é claro que precisamos prevenir. Mas o que é prevenir? É tratar bem o servidor, valorizar o servidor, e não assediar.”

Mais praças públicas

Para a cultura, Ione apresenta as propostas de “colocar as pessoas nas praças, para terem acesso a restaurantes e eventos” e “ouvir as pessoas que trabalham com a cultura na cidade e trazer oportunidade para quem já está aqui”.

Respondendo às intenções para lazer e esporte, também reforça que “hoje, uma das maiores demandas é ter praças públicas”: “Nós temos praças só na área central, o pouco de lazer que tem, é só na área central”. “Nós temos que ter locais onde esses meninos possam jogar futebol, vôlei”, completa.

Ela afirma que isso será feito lutando por mais recursos, vindos de deputados federais, do Governo estadual e do federal: “Onde tiver recursos, principalmente para a gente investir em praças públicas, é extremamente necessário, e também cobrir as praças”.

“Criar vínculos comunitários, voltar a ter vínculos familiares. Hoje, o que eu vejo, principalmente lá na periferia, é que não tem essa oportunidade para as nossas crianças.”

Contrapartida para moradias

Ione afirma que resolverá o problema da população em situação de rua “de forma transversal, utilizando de todas as secretarias”. Propõe a implementação do projeto “Moradia Primeiro, que se baseia na ideia de oferecer acesso imediato à moradia para pessoas em situação crônica de rua (há mais de cinco anos na rua, com uso abusivo de álcool e outras drogas e transtornos mentais)”. Contudo, reconhece que a moradia não é o suficiente e é preciso “ir muito além”.

Ainda na temática, respondeu a Margarida Salomão que irá fomentar a criação de moradias. “Mas temos que fazer com responsabilidade”, ressalta, “os grandes empreendimentos que geram as moradias – digo moradias pequenas, mas grandes no sentido de terem muitos moradores – significam, por exemplo, que naquele bairro vai ficar mais pesado o saneamento”.

Ela afirma que exigirá dos donos dos empreendimentos uma contrapartida para o próprio bairro, como assumir, por exemplo, a responsabilidade de construir uma praça pública no local.

 

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