Juíza marca júri do ex-policial penal Jorge Guaranho

juri jorge guaranho - foto dani neves

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler marcou a nova data do júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho. Ele é réu pelo homicídio do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, crime cometido há dois anos, em 2022, na cidade de Foz do Iguaçu.

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A magistrada é da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba (PR). Esse julgamento já teve adiamentos e abandono de sessão pelos advogados de Jorge Guaranho, que alegaram falta de tempo para avaliar provas. A acusação considerou um ato para atrasar o júri.

A nova data está agendada para 11, 12 e 13 de fevereiro de 2025, às 10 horas, no primeiro dia, e, caso seja necessário, a partir das 9h30 nas datas subsequentes. O julgamento irá ocorrer na capital do estado, após decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

O órgão atendeu a pedido da defesa do ex-policial penal, decidindo favoravelmente, isto é, transferindo o júri para Curitiba, e não na cidade em que o assassinato ocorreu, que é Foz do Iguaçu. Jorge Guaranho está preso em unidade localizada em São José dos Pinhais (PR).

Quando houve a decisão do TJ-PR, o advogado de acusação Daniel Godoy Jr. afirmou que a demora no julgamento do bolsonarista traz sofrimento sobretudo para a família de Marcelo Arruda. “Que também é vítima desse crime brutal. Ele deixou viúva e quatro filhos, sendo que o mais novo só tinha 45 dias quando o pai foi assassinado”, criticou.

A acusação sustenta que houve violência política como agravante no homicídio do petista Marcelo Arruda, o que poderá resultar em pena de 12 a 30 anos, aponta. A defesa nega, afirmando ter ocorrido um desentendimento entre réu e vítima.

Histórico

Marcelo Arruda comemorava 50 anos com a família e amigos, em uma festa privada, com decoração alusiva ao Partido dos Trabalhadores, do qual era tesoureiro municipal, e ao então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jorge Guaranho, que estava em outro clube perto, invadiu a confraternização.
Primeiro, conforme o Ministério Público, chegou acompanhado da esposa e do filho, um bebê.

Demonstrando estar armado, gritava “Bolsonaro” e “mito”. Após a discussão, deixou o local, retornando sozinho depois, quando praticou os disparos contra Marcelo Arruda, que revidou já baleado e em legítima defesa, segundo a promotoria, atingindo Guaranho.

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