Professores da UFBA entram em estado de greve

Os professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) entraram em estado de greve nesta segunda-feira, 16, após realização da assembleia dos docentes. O estado de greve é a última etapa antes da deflagração da greve por tempo indeterminado.A última mesa de negociação ocorrerá na próxima segunda-feira, 23. Caso não haja acordo, segundo a categoria, a greve será decretada. “Embora a possível deflagração da greve estivesse na pauta da assembleia, de maneira responsável e reforçando o interesse em negociar, a categoria docente adotou a estratégia de aguardar a nova proposta do governo, que será apresentada na mesa de negociação, nesta quinta-feira”, diz a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da BahiaA última proposta do governo, também rechaçada pela categoria docente, propunha um ganho real, ou seja, com valor acima da inflação, que em dezembro de 2026 atingiria o índice de apenas 3,5%, pago em três parcelas de 1,15%. Segundo o DIEESE, desde 2015, as perdas acumuladas em decorrência da inflação chegam a 35% dos salários.Leia também:>> Uneb lança edital para contratação de professor Reda>> Professores das redes estaduais voltam a paralisar atividades>> Uneb abre incrições para vestibular 2025 com mais de 6 mil vagasDurante a assembleia, a tônica dos discursos feitos pela categoria docente foi o descontentamento e a indignação com as propostas. “As representações sindicais tentaram abrir essas negociações desde o começo do governo de Jerônimo Rodrigues, em janeiro do ano passado. Mas, só começaram efetivamente a partir das assembleias aprovarem, no início de junho deste ano, o indicativo de greve. Desde o início de 2023, 14 reuniões aconteceram e outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo”.O Coordenador Geral da Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB), Clóvis Piáu alerta que, além da questão salarial, existem outros pontos na pauta de reivindicações:- a garantia de direitos trabalhistas como promoção;- progressão e adicional de insalubridade;- além da ampliação e desvinculação do quadro de vagas docentes. Outros professores, durante a assembleia, também fizeram falas de indignação pela falta de diálogo do governo com os demais itens da pauta.O Portal A TARDE procurou a Uneb, que ainda não se posicionou sobre o estado de greve. 
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