Dona do terreno do antigo Diário de Natal afirma que vai retomar empreendimento

Foi encerrada nesta quarta-feira 31 a ocupação de manifestantes sem-teto no imóvel do antigo Diário de Natal, localizado na Avenida Deodoro da Fonseca, em Petrópolis, na Zona Leste da capital potiguar. Após seis meses de ocupação, as cerca de 10 famílias que permaneciam no local se mudaram para um galpão na Ribeira.

Os manifestantes, ligados ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), deixaram o antigo Diário de Natal após terem seus pertences levados por um caminhão disponibilizado pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), órgão do Governo do Estado.

O prédio do antigo Diário de Natal estava ocupado desde 29 de janeiro por famílias ligadas ao MLB.
Em nota publicada nesta quarta-feira 31, a Poti Incorporações, dona do imóvel, disse que vai “retomar os encaminhamentos para, em breve, apresentar ao mercado um arrojado e moderno empreendimento para a área de Petrópolis”.

“Apesar dos atrasos causados pela ocupação, está firme o propósito de se trabalhar com celeridade para concretizar este projeto, que trará desenvolvimento econômico e mais oportunidade de emprego para a comunidade. Este novo empreendimento, planejado para uma área de 3 mil metros quadrados, contará com a colaboração de profissionais com reconhecimento nacional, renovando o compromisso da Poti Incorporações Imobiliárias LTDA com a modernidade e o progresso do Rio Grande do Norte”, afirma a empresa, em nota.

No texto, a Poti exalta ainda a atuação da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado, por “promover o entendimento pelo diálogo, devolvendo a área para sua finalidade econômica e resolvendo a demanda por moradia digna para pessoas em situação de precariedade”.

De acordo com o MLB, as famílias que deixaram o antigo Diário de Natal foram transferidas para um galpão na Ribeira (onde estavam até janeiro), antes de irem para outro prédio que será fornecido pelo Governo do Estado, cujo endereço ainda não foi divulgado.

No galpão da Ribeira, os manifestantes vão se juntar a outras 20 famílias e ficarão lá por aproximadamente três semanas. Depois, as 30 famílias juntas serão levadas para o prédio cedido pelo governo.

Segundo Bianca Soares, coordenadora do MLB, as famílias ficarão no prédio cedido pelo governo por tempo indeterminado – aguardando receberem imóveis do programa Pró-Moradia ou do Minha Casa Minha Vida.

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