Mulher que teve relacionamento com idoso é indiciada por homicídio após criar emboscada para a vítima

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A mulher, de 42 anos, que seria o “ponto de conexão” entre o idoso de 60 anos assassinado em Juiz de Fora e um dos executores do homicídio, 42, saiu da condição de testemunha para investigada e acabou indiciada pela Polícia Civil. Após matar a vítima, inclusive com pedrada na cabeça, o suspeito e um comparsa, 48, que já estão presos desde o dia 15, atearam fogo ao corpo para impedir a identificação e dificultar a localização do cadáver. A investigação, baseada também nas conversas mantidas pelos três suspeitos, revelou que a mulher teria criado uma emboscada para o pedreiro e pai de santo na Zona Norte, onde ele receberia uma proposta de emprego em uma obra.

Segundo o delegado Rodrigo Rolli, titular da 4ª Delegacia, que recebeu a ocorrência do desaparecimento do idoso no dia 26 de abril, assim como os dois homens, a mulher também vai responder por homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima -, ocultação de cadáver e associação criminosa. A polícia solicitou à Justiça a prisão preventiva dela. O pedido ainda está sob análise. Já os dois envolvidos foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e tiveram as prisões convertidas em preventivas.

Ao ser localizada e questionada no dia 15, a dupla de suspeitos acabou confessando o assassinato e indicou onde o corpo havia sido enterrado, no Bairro Barreira do Triunfo, Zona Norte da cidade. No local, foram encontrados os restos mortais da vítima, uma barra de ferro e uma pedra que teriam sido usados na execução, além de um relógio de pulso reconhecido pelos filhos do idoso. Conforme Rolli, a maior parte da ossada já havia sido recolhida no dia 4, mas a ocorrência relacionava a vítima como sendo uma mulher.

Mulher relata abuso sexual antes do homicídio

Segundo Rolli, a investigada manteria relacionamento com um dos investigados e também já teria tido envolvimento amoroso com o idoso. Ela inclusive teria relatado abusos sexuais sob pretextos espirituais, já que ele era pai de santo. Uma sobrinha dela também já teria sido molestada pela vítima da mesma forma.

Ainda de acordo com o delegado, no dia do crime, a suspeita teria feito um Pix de R$ 100 para pagar a gasolina usada pelos executores. “Quando ela foi formalmente informada de que estaria sendo ouvida como investigada, e não mais como testemunha, se reservou ao direito de permanecer calada”, disse Rolli. Na ocasião anterior, ela havia apresentado aos policiais áudios e mensagens enviadas por aplicativo, nos quais o investigado de 42 anos expressava sua intenção de cometer o crime e pedia ajuda da mulher para atrair a vítima. A investigada, entretanto, afirmou à polícia ter se recusado a participar do plano.

O delegado aguarda os laudos de levantamento de local e dos exames de comparação genética para concluir o inquérito.

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Foto: Polícia Civil / Divulgação

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