Augusto Melo, eleito no fim de 2023, está afastado da presidência do Corinthians. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Ao todo, 236 conselheiros compareceram na votação. Houve duas abstenções. O placar foi de 176 votos pelo impeachment, 57 contra e um em branco.A votação do impeachment discutia ato de gestão temerária do dirigente, especialmente no que diz respeito ao contrato com a Vai de Bet, ex-patrocinadora máster do clube,cujo pagamento saiu do clube para as mãos do crime organizado.A “primeira parte” da reunião, ocorrida em janeiro, foi marcada por muita confusão e bate-boca. Apoiadores de Augusto Melo hostilizaram conselheiros na saída do ginásio onde aconteceu a votação e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, que estava no local para garantir a segurança, precisou intervir. Diversas faixas com a frase “não vai ter golpe” foram espalhadas pelo Parque São Jorge.Augusto entendia ser necessário o encerramento das investigações pela Polícia Civil para, enfim, a reunião ser realizada. O mandatário se apegava ao fato de a Comissão de Ética do clube ter determinado a suspensão da votação de destituição até que o inquérito ser finalizado. Ele é alvo de outros três processos de impeachment, que fazem referência a questões financeiras do clube, como a reprovação das contas do ano passado e o aumento do passivo.Em paralelo, Augusto foi indiciado pela Polícia Civil por associação criminosa, furto qualificado pelo abuso de confiança e lavagem de dinheiro. O ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e Alex Cassundé, dono da empresa intermediária do acordo, também vão responder pelos três crimes.Augusto Melo entrou com um pedido de habeas corpus, nesta segunda-feira, para tentar anular o indiciamento por lavagem de dinheiro, furto qualificado pelo abuso de confiança e associação criminosa.