Caso Daniella Pelaes: caminha é realizada em memória de amapaense morta a facadas no DF


Uma missa também foi celebrada neste domingo (25) em Pedra Branca do Amapari. Daniella foi morta pelo ex-companheiro com mais de 50 facadas. Acusado está preso e aguarda julgamento. Caminhada realizada neste domingo (25), em Pedra Branca
Prefeitura de Pedra Branca/Divulgação
Uma caminhada lembrou neste domingo (25) a morte da amapaense Daniella Di Lorena Pelaes dos Santos, vítima de feminicídio há um ano no Distrito Federal. No ato realizado em Pedra Branca do Amapari, familiares e amigos percorreram ruas do município com cartazes, balões e faixas com mensagens pedindo por justiça e paz.
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A caminhada teve início no bairro Açaizal e foi encerrada com a celebração de uma missa na Igreja São Pedro. Daniella tinha 46 anos quando foi morta com mais de 50 facadas pelo ex-companheiro, que está preso e aguarda julgamento.
“Esse movimento representa a conscientização da luta contra o feminicídio no Brasil e no mundo. O aumento no número de casos é assustador, e a única forma de mudar essa realidade é levando conscientização às pessoas. Este ato é não só pela memória da minha irmã, mas um grito por justiça para todos os casos”, disse Beth Pelaes, irmã da vítima.
Pedra Branca realiza caminhada em memória de Daniella Pelaes
Prefeitura de Pedra Branca/Divulgação
Missa foi celebrada na Igreja São Pedro
Prefeitura de Pedra Branca/Divulgação
A morte de Daniella provocou a sanção de dois atos como a instituição oficial da “Caminhada municipal contra o feminicídio e em defesa da vida, da justiça e da memória de Daniella” e a criação do Centro de Especialidades e Diagnóstico Daniella Di Lorena Pelaes, uma homenagem à servidora que atuou na saúde pública do município.
Sobre o caso
Daniella De Lorena Pelaes, de 46 anos, foi vítima de feminicídio
Arquivo pessoal
Daniella Di Lorena Pelaes dos Santos, de 46 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro na manhã de 25 de maio de 2024 no Jardim Botânico, no Distrito Federal. Daniella tinha 46 anos e era funcionária da Telebras.
Segundo a Polícia Civil (PCDF), Janilson Quadros de Almeida, de 37 anos, entrou na casa da mulher e a esfaqueou. Depois, ele teria tentado se matar. O homem foi levado para o Hospital de Base e teve alta dias depois. Ele foi preso e aguarda julgamento.
Daniella tinha três filhos, todos menores de idade. Segundo a PCDF, ela estava separada do agressor há mais de um ano, quando ela e os filhos se mudaram do Amapá para Brasília. Essa mudança, de acordo com as investigações, foi motivada já por um comportamento agressivo do ex-companheiro.
Mulher é esfaqueada dentro de casa em condomínio no DF
Desde março deste ano, a vítima e os filhos estavam sob medida protetiva contra o suspeito, que não podia entrar em contato com eles por qualquer meio de comunicação, tais como ligação telefônica e redes sociais e devia manter distância de no mínimo 300 metros da vítima.
Mas no começo de maio, Daniella retirou o pedido de medida protetiva porque o agressor disse que havia mudado e que queria visitar o filho de 3 anos com mais frequência.
O advogado que representa o condomínio disse que o suspeito era um morador e, por isso, tinha acesso à casa da vítima. Uma das filhas de Daniella conversou com a TV Globo e disse que as brigas do casal eram constantes. Ainda segundo ela, a família precisou viajar, porque Janilson já havia ameaçado matar Daniella.
Centro de Especialidades e Diagnóstico Daniella Di Lorena Pelaes, em Pedra Branca do Amapari
Prefeitura de Pedra Branca/Divulgação
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