Hugo Calderano fez história neste final de semana ao ficar com a medalha de prata no Campeonato Mundial de tênis de mesa, realizado em Doha, no Catar. O reconhecimento é unânime a ponto do brasileiro estar causando mudanças na forma como a China organiza sua modalidade. Entretanto, apesar bastante relevante, a vice colocação não rendeu consequências monetárias ao mesa-tenista carioca.A reportagem do Estadão entrou em contato com a Confederação Internacional de Tênis de Mesa (Ittf, da sigla em inglês), que confirmou que o caminho de Calderano até o segundo lugar do pódio não lhe rendeu nenhum prêmio em valor. A premiação é a medalha, e no caso do campeão, o troféu, que é devolvido à organização a cada nova competição.Em comunicado, a Ittf explicou que em competições individuais, no caso da categoria masculina, o prêmio maior é o Vaso St. Bride “doado em 1929 por C. Corti Woodcock, membro do exclusivo St. Bride Table Tennis Club em Londres, após Fred Perry, da Inglaterra, conquistar o título em Budapeste.”
Apesar de menos importante no circuito do tênis de mesa comparado ao Campeonato Mundial, a Copa do Mundo, vencida por Calderano em abril deste ano, tem suas recompensas financeiras.Na ocasião, Calderano faturou 80 mil dólares, aproximadamente R$ 450 mil. Se levar só em consideração a partida da final, foram embolsados 55 mil dólares, cerca de R$ 310 mil.Calderano foi o primeiro atleta da América do Sul a vencer a Copa do Mundo, e o primeiro mesa-tenista do hemisfério sul a conquistar uma medalha no Campeonato Mundial. A segunda competição não tem disputa de 3º lugar. Assim sendo, só o fato de ter chegado na semifinal já lhe rendeu uma medalha.
