Dia Nacional do Café: bebida registrou mais de 80% de aumento em 1 ano

Neste sábado, dia 24, é celebrado o Dia Nacional do Café. E, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a bebida mais consumida no Brasil, depois da água, é o café. Porém, pelo menos em Salvador, não há o que comemorar: conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o produto que mais encareceu na capital baiana e na Região Metropolitana nos últimos meses com uma variação acumulada de 37,23%.

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O reflexo disso é a baixa procura, que consequentemente fez as vendas do varejo caírem 15,96% em abril de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados da ABIC. Se olharmos para os últimos 12 meses, até abril deste ano, o café acumula inflação de 80,2%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a maior alta registrada em um intervalo de um ano desde a criação do Plano Real, em 1994.O impacto pode ser percebido no início deste ano. Mesmo que janeiro e fevereiro tenham registrado leve crescimento nas vendas (1,26% e 0,89%, respectivamente), o mês de março apresentou retração de 4,87%, aprofundada em abril. A consequência foi uma queda acumulada de 5,13% no primeiro quadrimestre, com as vendas recuando de 5.010.580 sacas em 2024 para 4.753.766 no mesmo período deste ano.Essa variação nos preços no varejo também ajuda a explicar o recuo. Em abril de 2025, o quilo do café moído girava entre R$ 65,50 (tradicional/extraforte) a até R$ 402,33 no caso das cápsulas. Em relação ao ano anterior, os aumentos foram expressivos, de 85,08% no café solúvel, 56,62% no gourmet e 49,85% no tradicional/extraforte.

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