Dalberto Christofoletti (PSD) é preso por suspeita de desviar de R$ 814 mil da Cultura

Dalberto Christofoletti (PSD) foi detido no Casarão da Cultura por peculato e associação criminosa. MP aponta esquema com ex-assessora para desviar verbas públicas; prisão é preventiva

O vereador Dalberto Christofoletti (PSD) foi preso na tarde desta sexta-feira (23) pelo Baep em operação do Gaeco, do Ministério Público, por determinação da Justiça pelos crimes de peculato e associação criminosa no curso da Operação Apropriação Cultural.

Ele é investigado por utilizar a Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura de Rio Claro, para desviar mais de R$ 814 mil em recursos públicos para uma empresa formada pela família de uma ex-assessora na pasta.

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Dalberto foi encontrado por dezenas de policiais e promotores do Gaeco dentro do Casarão da Cultura, órgão da própria Prefeitura – apesar de o mesmo ser vereador da Câmara Municipal atualmente. Ele não ofereceu resistência e aguardou a chegada de advogados para ser levado na viatura do Baep ao plantão policial.

A prisão é preventiva, segundo o Ministério Público, e não tem data para acabar. E acordo com o Gaeco, o parlamentar teria continuado a utilizar a estrutura da Secretaria Municipal de Cultura mesmo após deixar de ser secretário através das outras secretárias que o substituíram e foram indicadas por ele ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD). A reportagem do JC busca a defesa do acusado para prestar esclarecimentos.

Os trabalhos resultaram na prisão preventiva do vereador de Rio Claro e na imposição, contra outras três pessoas, de medidas cautelares como obrigação de comparecer mensalmente em juízo, proibição de se ausentar da Comarca sem autorização e suspensão do exercício de função pública ou atividade econômica que possa ser utilizada para práticas criminosas. 

A Justiça deferiu ainda a expedição de mandado de busca e apreensão para a residência do vereador, que teve sigilo telemático quebrado também por determinação das autoridades. A investigação apura a estruturação de uma organização criminosa que pode ter desviado pelo menos R$ 814.900,00 dos cofres públicos de Rio Claro. Segundo as apurações, o vereador, enquanto secretário de Cultura, teria liderado um esquema em que empresas registradas nos nomes dos outros alvos da operação eram contratadas pela pasta.

Os valores recebidos pelas pessoas jurídicas seriam, posteriormente, repassados para contas do parlamentar. Ainda conforme as informações levantadas pelo Ministério Público, o vereador recorreu a laranjas para continuar comandando a Secretaria de Cultura mesmo após deixar o cargo para concorrer a uma vaga na Câmara. A movimentação financeira de Dalberto é considerada incompatível com seus rendimentos declarados à Receita Federal, diz o MP.

Denúncia oferecida pelo Ministério Público acusa as quatro pessoas de envolvimento com peculato e organização criminosa.  O prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto (PSD), será intimado para suspender imediatamente qualquer repasse financeiro às empresas ligadas aos denunciados e qualquer função pública exercida por eles.

A prisão

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