Agricultores da porção norte do departamento (estado) de Alto Paraná, no Paraguai, denunciaram a entrada irregular de mandioca brasileira no país. O epicentro do contrabando estaria no lago de Itaipu, na região entre Puerto Indio e Santa Helena.
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De acordo com o jornal La Clave, a situação preocupa os produtores do tubérculo em municípios como Itakyry, Mbaracayú, San Alberto e Minga Porã.
Além da irregularidade tributária, um produtor ouvido pelo jornal, que pediu para não ser identificado, relatou problemas com a qualidade da mandioca contrabandeada.
“Estão trazendo mandioca velha e vendendo aqui como se fosse nova”, denunciou. “Fiquei sabendo dessa situação e como isso nos afeta, porque ao invés de melhorar nosso preço, pelo contrário, piora.”
Conforme os agricultores, a maior parte da produção local já está vendida, mas há produtores com estoques importantes ainda não comercializados. A mandioca brasileira, mais barata, estaria distorcendo os preços na cadeia de distribuição no Paraguai.
Altamente nutritiva, a mandioca integra a base da alimentação no país vizinho, com múltiplas utilizações na culinária local.
A produção do tubérculo tem como característica central a forma descentralizada, com redes compostas, principalmente, por pequenos e médios agricultores.
No departamento fronteiriço de Alto Paraná, os municípios da porção norte, vizinhos ao lago de Itaipu, estão entre os maiores produtores.
A mandioca produzida localmente abastece não só a região de Ciudad del Este, mas também outras regiões do Paraguai.
No lado brasileiro da fronteira, não há qualquer informação sobre contrabando de mandioca ou apreensão de carregamentos suspeitos do produto.
Para ler a reportagem do La Clave, em espanhol, clique aqui.
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