Idoso mantido morto em casa pelos filhos recebia R$ 5 mil do INSS

Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, o italiano de 88 anos, que teve seu corpo mantido escondido por cerca de seis meses em um quarto na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, pelos próprios filhos, recebeu durante esse período, dois benefícios do INSS, aposentadoria e pensão por morte, que somaram cerca de R$ 5.000. A polícia investiga se os filhos sacaram os valores e se houve assassinato.

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Os irmãos Tânia Conceição Marchese D’Ottavio e Marcelo Marchese D’Ottavio foram presos em flagrante por policiais da 37ª Delegacia de Polícia da Ilha do Governador. Eles foram denunciados pelos vizinhos que notaram a ausência do idoso e sentiram um forte odor vindo do imóvel da família, no bairro Cocotá. O cadáver do senhor já estava em avançado estado de decomposição.Os irmãos também são suspeitos de resistência e lesão corporal, e serão avaliados quanto a possíveis transtornos psiquiátricos. Dentro da casa, a polícia encontrou bens novos, que podem ter sido comprados com dinheiro obtido de forma ilegal após a morte do pai.Depoimento dos vizinhosNa tarde desta quinta-feira, 22, algumas testemunhas prestaram depoimento na delegacia. Eles relataram que Marcelo gritava na rua que tinha assassinado o pai. Ainda segundo um vizinho, há dois anos, ao pedir o cartão bancário e a senha do idoso, Marcelo o ameaçou.Conforme relatos, Marcelo trabalhava como contador e costumava tratar a vizinhança com educação. No entanto, após o desaparecimento do idoso, passou a ter um comportamento agressivo. Já Tânia trabalhava como professora primária e quase não saía de casa. Ela teria afastado do cargo por questões psiquiátricas e deveria retornar, em 2024, após um tratamento. Mas, não retomou as atividades profissionais.

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