Haddad detalha recuo sobre mudanças no IOF

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 23, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu mais detalhes sobre a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, que passaria a ser de 3,5%.

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Haddad disse que se trata de uma mudança pontual que não tem grande impacto sobre os anúncios feitos no dia anterior. “Nós recebemos, depois do anúncio, uma série de subsídios de pessoas que operam nos mercados salientando que aquilo poderia acarretar algum tipo de problema e passar uma mensagem que não era a desejada pelo Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.O chefe da equipe econômica do governo Lula, também afirmou que o recuo em parte do aumento do IOF pode demandar um ajuste no contingenciamento de R$ 31 bilhões para 2025 anunciado na quinta, 22. As medidas de acréscimo na alíquota tinham o objetivo de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026. Segundo Haddad, as contas não foram refeitas.”Pode ser que tenhamos que ampliar o contingenciamento, fazer ajuste nessa faixa, mas ainda não tem nada previsto exatamente”, disse Haddad.O que é e quem paga o IOF?O IOF, ou Imposto sobre Operações Financeiras, é um tributo federal aplicado sobre diversas transações financeiras. Sua função principal é arrecadatória, mas também atua como um instrumento de controle da atividade econômica, permitindo ao governo acompanhar o comportamento do mercado de crédito — funcionando, na prática, como um termômetro da oferta e da demanda por recursos financeiros.O IOF é cobrado de pessoas físicas e jurídicas quando realizam determinadas operações financeiras. Entre elas estão empréstimos, câmbio, contratação de seguros e negociações com títulos ou valores mobiliários. A alíquota aplicada varia conforme o tipo de operação realizada.

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