Capital Inicial volta à Bahia e revela novidades: “Em breve”

Banda integrante da geração brasiliense que marcou o rock brasileiro dos anos 1980, a longeva Capital Inicial pode ter sua história dividida em pelo menos duas fases: antes e depois do álbum Acústico MTV (2000). 25 anos depois, o grupo liderado por Dinho Ouro Preto traz a Salvador o show da turnê que comemora aquele momento de renascimento artístico – e comercial.Surgida dos destroços da pioneira Aborto Elétrico, que contava com Renato Russo nos vocais, o Capital Inicial fez um bom sucesso em 1986 com seu primeiro LP, que trouxe os hits Música Urbana, Psicopata e Veraneio Vascaína, entre outros, marcando a presença do quarteto naquele momento de estouro do rock brasileiro.Os álbuns seguintes, contudo, foram acumulando vendas cada vez menores. No início dos anos 1990, Dinho deixou a banda, que ainda seguiu com um cantor substituto, em fase com ainda menos popularidade. Somente em 1998, os membros originais se reencontraram e resolveram retomar a banda, lançando o álbum Atrás dos Olhos, que foi bem recebido por crítica e público. Mas o pulo do gato veio mesmo no ano 2000, com o lançamento do CD (e DVD) seguinte, Acústico MTV, que vendeu mais de 750 mil cópias, ganhando três discos de platina.O Acústico mudou o status da banda, que, desde então, é considerada da primeira linha do rock nacional – até por ser remanescente da histórica geração brasiliense da Legião Urbana, Plebe Rude etc.“(O Acústico MTV) Representou tudo. Foi a virada de chave. Recebemos essa proposta de gravar o Acústico em 1999 e nós achávamos que iria bem, porque os projetos da MTV na época tinham uma visibilidade muito boa. Mas, o que nenhum de nós antecipava é que o projeto ia ganhar a proporção que tomou – nem a MTV, nem a gravadora, nem a banda. Foi uma proporção que a gente não sabe até hoje qual foi exatamente. A gente sabe que vendeu mais de um milhão de cópias, mas não conseguimos mensurar”, conta Dinho ao jornal A TARDE.“A partir desse momento, nossas vidas mudaram e o Capital abriu um capítulo novo na sua discografia, com o lançamento de um disco a cada dois anos. A gente manteve isso até a pandemia. E agora a gente tem voltado a falar em gravações novas, discos novos. Mas, a gente aproveitou esse embalo e fluiu bem, e não parou de lançar novos projetos, construímos um repertório novo nesses últimos 25 anos”, acrescenta o cantor.

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|  Foto: Divulgação

No palco da Concha, o show da turnê Acústico 25 Anos vem com banda completa, incluindo quatro músicos de apoio. Além dos membros oficiais Dinho, Fê (bateria) e Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (violão), eles contam com o auxílio luxuoso de Kiko Zambianchi (violão e backing vocal), Denny Conceição (percussão), Fabiano Carelli (guitarra) e Nei Medeiros (teclados).“Convidamos o Kiko Zambianchi e o Denny Conceição porque estavam na gravação original, e nós queremos reviver toda essa história sendo o mais fiel possível ao projeto. Nós admiramos muito os músicos e estávamos ansiosos pra entrar em turnê com eles de novo. Estamos muito gratos por isso depois de 25 anos”, conta Dinho.No repertório, evidentemente, Kiko deve cantar com Dinho seu hit Primeiros Erros (Chove), um grande sucesso em 1986, reeditado em 2000 no Acústico.“(No show) Estamos tocando o álbum na íntegra e trazendo todo o conceito do que foi esse emblemático projeto. Além do álbum, nós também trazemos algumas músicas que encaixam bem na proposta do Acústico e não poderiam ficar de fora dessa celebração”, conta Dinho.De resto, fica a expectativa de fãs e da banda pelo reencontro com esse repertório marcante no solo sagrado da Concha Acústica, palco constante para Dinho & Cia em suas incursões baianas.“A última vez que nos apresentamos na Concha foi em abril do ano passado. A Bahia tem um clima único, os fãs são muito generosos com a gente e a Concha é uma referência pro Brasil. Todos os artistas querem tocar lá, porque é único. A energia é indescritível. Não vemos a hora de levar esse show do Acústico para lá”, afirma Dinho.E os fãs não perdem por esperar, pois o Capital não para, não. “Esse ano ainda teremos novidades. EP novo, parcerias. Acabamos de voltar pra Sony, que já foi nossa casa antes. Então, fiquem de olho que muito em breve traremos novidades para vocês”, avisa o cantor de Natasha.CAPITAL INICIAL ACÚSTICO 25 ANOS / Sábado (24), 18h / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / Abertura dos portões – 17h (entrada pela Ladeira da Fonte) / R$ 300 e R$ 150 / Vendas: Eventim e bilheteria TCA / Classificação: 16 anos

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