A jornalista Micarla de Sousa não descartou, nesta terça-feira 20, a possibilidade de voltar a disputar eleições. Ex-prefeita de Natal e ex-deputada estadual, Micarla está afastada da política desde 2012, quando foi retirada do cargo de prefeita por decisão da Justiça.
Atualmente, Micarla é diretora do Sistema Ponta Negra de Comunicação – que inclui TV Ponta Negra e rádio 95 FM, em Natal. Mas, nas últimas semanas, o nome dela passou a circular nos bastidores para uma possível candidatura a deputada federal.
“Eu lembro que o meu pai (Carlos Alberto de Sousa) dizia uma frase que era bem característica dele. Quando ele perdeu a eleição, a gente falava: ‘ah, pai, porque você é ex-político’. Ele falava: ‘Micarlinha, minha filha, entenda, não existe ex-político, existe político sem mandato’”, declarou a ex-prefeita, em entrevista à rádio 98 FM.
Micarla disse que, mesmo sem mandato, nunca deixou de fazer “política que transforma vidas”, e mencionou sua atuação como missionária evangélica desde 2016. “Eu sou do PRD, Partido do Reino de Deus”, brincou. Apesar da ironia, o PRD é a sigla de um partido real – Partido da Renovação Democrática.
Leia também: ‘Paulinho Freire não faz barulho, mas está mostrando gestão’, afirma Luciano
Durante a entrevista, Micarla lembrou de como ficou após sair da Prefeitura do Natal. Ela diz ter enfrentado a Síndrome do Pânico. “Eu passei quase três anos dentro de um quarto. Eu passei quase três anos tomando remédio controlado”, contou.
“Quando eu saí da prefeitura, saí doente, divorciada, falida, descredibilizada. Acabou tudo. Tudo o que eu achava que era tudo, não tinha mais. E, a partir dali, de 2013, foi uma reconstrução total”, emendou.
Ela disse, ainda, que o Rio Grande do Norte “é um grande cemitério de reputação de mulheres políticas”. E citou casos como o da ex-governadora Wilma de Faria, que, segundo ela, terminou a vida política no “ostracismo”. “Ela não precisa de nome de ponte. Ela precisava ter sido reconhecida pelos políticos e pela população por tudo que ela fez. Mas é mais fácil enterrar”, declarou.
A ex-prefeita disse estranhar como funciona a “engrenagem” da política atualmente, mas ressaltou que não foge de “desafios”. “Se eu sentir dentro do meu coração, se eu me sentir assim que essa é uma missão que eu tenho que ir, eu não vou ter medo. Agora, neste momento, dia 20 de maio de 2025, eu não senti isso. Eu vou continuar tocando minha vida como eu venho tocando nesses últimos 13 anos”, pontuou.
Siga o canal “Agora RN” no WhatsApp