O rendimento mensal real domiciliar per capita no Brasil chegou, no ano passado, ao maior valor da série histórica iniciada em 2012: R$ 2.020. A alta foi de 16,8% acima da inflação em relação a 2022, quando era de R$ 1.730 a preços de hoje. Todas as unidades da Federação tiveram incremento real no período 2022-2024, e em 19 delas houve recorde, inclusive a renda dos potiguares. As informações são do módulo anual PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgado no último dia 8 de maio pelo IBGE.
O Rio Grande do Norte foi uma das UFs que alcançaram recorde histórico em 2024. No estado da região Nordeste, o rendimento mensal real domiciliar per capita chegou, no ano passado, a R$ 1.575, alta de 17,5% em relação a 2022, quando era de R$ 1.340 a preços de hoje.
- Aumento real (acima da inflação): 16,8% no rendimento domiciliar per capita no Brasil entre 2022 e 2024.
- Rendimento em 2022: R$ 1.730 mensais.
- Rendimento em 2024: R$ 2.020 mensais.
- Norte: R$ 1.389
- Centro-Oeste: R$ 2.331
- Sudeste: R$ 2.381
- Sul: R$ 2.499
- Nordeste: R$ 1.319
Fonte: Governo Federal do Brasil.
Regiões
A Região Sul foi a que apresentou o maior rendimento mensal real domiciliar per capita em 2024 (R$ 2.499), seguida pela Sudeste (R$ 2.381), a Centro-Oeste (R$ 2.331), a Norte (R$ 1.389) e a Nordeste (R$ 1.319). Entre as unidades da Federação, o Distrito Federal (R$ 3.276) liderava, com São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544) a seguir. O menor valor foi do Maranhão (R$ 1.078), seguido por Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).
Recordes
Outros indicadores alcançaram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) é o mais alto da série histórica, assim como o rendimento de programas sociais do governo (R$ 836). A desigualdade de renda, medida pelo Índice Gini (0,506), também atingiu o nível mais baixo da série histórica na renda real domiciliar per capita, em expressiva redução comparada com 2023 (0,518) e ainda mais com o período pré-pandemia, em 2019 (0,544).
Também recorde, a população no Brasil com algum tipo de rendimento em 2024 chegou a 143,4 milhões. Já a população que recebe benefícios provenientes de programas sociais do governo cresceu de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024.
Evolução do Rendimento Mensal Real Domiciliar Per Capita nas 27 Unidades da Federação (2022-2024)
Dados por Estado
- Rondônia: R$ 1.448(2022)→R$ 1.448(2022)→R$ 1.721 (2024) | +18,9%
- Acre: R$ 1.119→R$ 1.119→R$ 1.259 | +12,5%
- Amazonas: R$ 1.036→R$ 1.036→R$ 1.231 | +18,8%
- Roraima: R$ 1.363→R$ 1.363→R$ 1.513 | +11,0%
- Pará: R$ 1.164→R$ 1.164→R$ 1.326 | +13,9%
- Amapá: R$ 1.273→R$ 1.273→R$ 1.509 | +18,5%
- Tocantins: R$ 1.486→R$ 1.486→R$ 1.725 | +16,1%
- Maranhão: R$ 897→R$ 897→R$ 1.078 | +20,2% (maior crescimento do Norte/Nordeste)
- Piauí: R$ 1.185→R$ 1.185→R$ 1.349 | +13,8%
- Ceará: R$ 1.132→R$ 1.132→R$ 1.210 | +6,9% (menor crescimento)
- Rio Grande do Norte: R$ 1.340→R$ 1.340→R$ 1.575 | +17,5%
- Paraíba: R$ 1.178→R$ 1.178→R$ 1.363 | +15,7%
- Pernambuco: R$ 1.068→R$ 1.068→R$ 1.412 | +32,2% (maior crescimento do Brasil)
- Alagoas: R$ 1.000→R$ 1.000→R$ 1.317 | +31,7% (2º maior crescimento)
- Sergipe: R$ 1.252→R$ 1.252→R$ 1.436 | +14,7%
- Bahia: R$ 1.087→R$ 1.087→R$ 1.342 | +23,5%
- Minas Gerais: R$ 1.655→R$ 1.655→R$ 1.956 | +18,2%
- Espírito Santo: R$ 1.817→R$ 1.817→R$ 2.068 | +13,8%
- Rio de Janeiro: R$ 2.095→R$ 2.095→R$ 2.422 | +15,6%
- São Paulo: R$ 2.281→R$ 2.281→R$ 2.588 | +13,5%
- Paraná: R$ 1.943→R$ 1.943→R$ 2.438 | +25,5%
- Santa Catarina: R$ 2.114→R$ 2.114→R$ 2.544 | +20,3%
- Rio Grande do Sul: R$ 2.198→R$ 2.198→R$ 2.532 | +15,2%
- Mato Grosso do Sul: R$ 1.952→R$ 1.952→R$ 2.105 | +7,8%
- Mato Grosso: R$ 1.767→R$ 1.767→R$ 2.235 | +26,5%
- Goiás: R$ 1.715→R1.715→R$ 2.059 | +20,1%
- Distrito Federal: R$ 3.081→R$ 3.081→R$ 3.276 | +6,3% (rendimento mais alto, mas menor crescimento)
Destaques
- Maior aumento: Pernambuco (+32,2%).
- Menor aumento: Ceará (+6,9%) e Distrito Federal (+6,3%).
- Rendimento mais alto em 2024: Distrito Federal (R$ 3.276).
- Rendimento mais baixo em 2022: Maranhão (R$ 897).
Pesquisa
A PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes (2024) traz dados de rendimentos provenientes de trabalho e de outras fontes, como aposentadoria, pensão e programas sociais. Entre os indicadores de destaque, estão a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, o rendimento médio real de todas as fontes, o rendimento médio de outras fontes e o Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Há dados para Brasil, grandes regiões e unidades da federação.