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Divulgação/Hifa Guarapari
O Hospital Geral Dr. Luiz Buaiz, em Guarapari, realizou, no último sábado (17), a primeira captação de órgãos desde sua inauguração, no ano passado.O procedimento foi autorizado pela família de um jovem, que evoluiu para um quadro de morte cerebral após dar entrada na unidade em estado crítico. Ainda em vida, o paciente havia manifestado o desejo de ser doador de órgãos.A decisão permitiu a captação de múltiplos órgãos: coração, fígado, córnea e rim, que beneficiarão cinco pessoas que aguardavam por transplantes no Espírito Santo. A ação envolveu uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros e técnicos, além da coordenação do hospital e apoio de instituições responsáveis pela logística da doação e transporte dos órgãos.“Tanto eu como toda a equipe ficamos muito emocionados durante todo o processo, desde a admissão do paciente e a realização do protocolo de morte encefálica, até a captação dos órgãos. Foi uma mistura de sentimentos. A tristeza da perda dando lugar à esperança de vida a diversas famílias”, relatou o médico Leandro Mazzocco, que participou do procedimento.Para ele, atos como esse são muito importantes para sensibilizar as pessoas sobre doação de órgãos. “É importante colocar o assunto em pauta nas famílias, para que mais pessoas manifestem a vontade de serem doadoras, assim como nosso paciente manifestou em vida”, complementou.Com a realização da primeira captação, o Hospital Geral Dr. Luiz Buaiz passa a integrar o grupo de unidades capixabas preparadas para procedimentos de alta complexidade como este.A doação de órgãos é um processo essencial para pacientes que dependem de transplantes para continuar o tratamento de doenças graves e crônicas. Segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes (CET-ES), Maria Machado, todos os hospitais do Espírito Santo podem notificar a captação de órgãos após o diagnóstico de morte cerebral irreversível.“Todos os hospitais que têm atendimento em unidades de terapia intensiva estão aptos para notificarem uma captação. Quando alguns critérios são preenchidos, há um protocolo para avaliar o diagnóstico e uma entrevista com a família para autorizar a doação”.