Federações pedem a ministro solução para ponte do rio Jequitinhonha

Um grupo formado pelas federações de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Comércio (FECOMÉRCIO), das Empresas de Transportes dos Estados da Bahia e Sergipe (FETRABASE), e das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), solicitou, em ofício enviado ao Ministério dos Transportes, nesta segunda-feira, 19, a resolução do problema causado pela interdição da ponte do Rio de Jequitinhonha, na BR-101.No documento endereçado ao ministro Renan Filho (MDB), as federações reforçam a necessidade de solução do impasse, diante da interdição da ponte para o tráfego de veículos de cargas com peso acima de 3.500 Kg, que ocorreu em janeiro deste ano. O ofício ainda detalha os prejuízos causados com a medida e com a ausência de resposta ao problema.No dia 5 de maio, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, interditou a ponte, que fica localizada no município baiano de Itapebi, de forma definitiva. Como solução, o DNIT estabeleceu rotas alternativas para as cargas, sob a promessa de conclusão dos trabalhos de recuperação da ponte em um prazo de 15 dias. Com as fortes chuvas na região, o transporte de passageiros e carregamento tornou-se inviável, trazendo riscos para quem precisa passar.

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“Considerando a relevância estratégica dessa infraestrutura para a economia regional e o agravamento do cenário atual, destaca-se a urgência de providências diante da interdição da Ponte sobre o Rio Jequitinhonha, situada no km 661 da BR-101/BA”, diz trecho da carta.”Atualmente, o desvio disponível ocorre por uma estrada rural com 75 km de extensão, dos quais 53 km não são pavimentados e apresentam trechos acidentados, o que compromete significativamente a segurança e a fluidez do tráfego. Essa via alternativa não possui estrutura adequada para suportar o intenso fluxo de veículos pesados, tampouco o volume de automóveis de menor porte e ônibus intermunicipais. Como resultado, o transporte de cargas e de passageiros torna-se extremamente prejudicado, gerando atrasos, elevação dos custos logísticos e riscos à integridade dos usuários”, aponta outro trecho do documento, que reforça o prejuízo para setores importantes para a economia.Impacto da interdiçãoAo Portal A TARDE, o presidente da Federação das Indústrias e Comércio da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, reforçou a necessidade de uma solução urgente para a interdição da ponte, e destacou que o trecho é fundamental para a ligação das regiões sul e extremo sul da Bahia.”Nosso ofício tem objetivo de clamar pela solução em relação a essa ponte sobre o BR 101, que exige solução urgente para fluxo alternativo de caminhões e demais veículos. Ela é fundamental na ligação do sul e extremo sul da Bahia”, pontuou o presidente da Fieb.Carlos Henrique Passos ainda citou o impacto da interdição e da demora na reconstrução da ponte na economia local, lembrando da existência de grandes empresas na região sul do estado.“A precariedade da solução para amenizar o impacto da interdição da ponte também afeta negativamente a indústria local, gerando ônus no custo de produção e com reflexos, infelizmente, para o consumidor final. Vale lembrar que a região Sul concentra grande parte da produção de papel e celulose nacional e responde pelo fornecimento de produtos de consumo do dia a dia, como é o caso dos frigoríficos e outros. A infraestrutura é fundamental para assegurar a competitividade da produção da Bahia. A FIEB clama pela sensibilidade das autoridades a fim de encontrar soluções urgentes para sanar este gargalo que já se soma a muitos outros com os quais o setor produtivo já é obrigado a lidar”, afirmou.A mesma linha é defendida em outro trecho do ofício enviado ao ministro Renan Filho. “Ressalta-se que a situação impacta diretamente todos os setores produtivos — agricultura, comércio, indústria e transporte rodoviário de cargas e de passageiros — causando prejuízos econômicos expressivos e comprometendo a dinâmica socioeconômica de toda a região”, diz outra parte do documento.Cobrança de soluçãoTambém ao Portal A TARDE, Carlos Henrique Passos reforçou uma solução urgente para o problema na BR-101, de responsabilidade do governo federal.”Não podemos aceitar tão somente a interdição. É presumível que a solução definitiva requer tempo e a economia do estado não pode esperar. Tem-se que buscar solução através de estrada estadual”, defendeu.

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