Falta de uma politica de reocupação, descaso com o patrimônio público e especulação imobiliária criam ambiente favorável à falta de segurança
Se existe um tema que desperta muito o debate em Rio Claro é a questão da degradação da área central. Muito se fala hoje sobre a invasão por partes dos moradores em situação de rua (entre eles, alguns praticantes de furtos e roubos, sem embasamento para generalizar) mas essa é uma questão que veio depois de uma série de outros problemas.
Há anos o Centro vive um processo de esvaziamento devido a fatores como o crescimento do modelo de condomínio residencial e o avanço da tecnologia, que permite hoje que as compras e transações sejam feitas “on-line”, sem a necessidade de sair de casa.
Como o fechamento de agências e lojas e poucos moradores ainda resistindo nos imóveis localizados no coração da cidade, cria-se um terreno propício para a falta de segurança. E o que o poder público tem com isso? Muito, além de reforçar as equipes de policiamento, cabe também a implantação de uma política de revitalização, com incentivos para os que vierem a ocupar o espaço com moradias e negócios. Não é novidade, já existem exemplos em bom funcionamento. E também cuidar do patrimônio histórico, já que muitos dos imóveis fechados e/ou abandonados são públicos, vide a antiga área da ferrovia, a extinta escola Irineu Penteado e o antigo prédio da escola Marcello Schmidt.
O próprio Jardim Público, que há décadas carece de atenção e investimentos, hoje é apontado como centro do problema, o que já era previsível. Existe também uma parte que cabe à iniciativa privada, já que a especulação imobiliária muitas vezes impede que esses imóveis voltem a ser ocupados. Se não houver um enfrentamento da questão, dificilmente será possível salvar o Centro.
“A gente tem uma realidade econômico e financeira nova. Eu estou sendo até chato, internamente, lá na prefeitura orque a gente fica cortando centavos. E a gente, não é Rio Claro, é o Brasil (…) a regra, do país e das nossas cidades, é um desafio muito grande” prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, sobre a falta de recursos no poder público.

Volta às origens – Em entrevista à rádio Jovem Pan News, o coronel Sabino, comandante do Comando de Policiamento do Interior da Polícia Militar (CPI-9), defende o resgate da função original da corporação. “Quando a polícia quer fazer campanha do agasalho, quando a polícia quer fazer doação de sangue, quando a polícia quer fazer equoterapia, ela está deixando de proteger a população, deixando de combater o crime”. Ao apresentar estatísticas do período em que está à frente da PM na região, com o CPI9 coordenando 55 municípios, o novo comandante foi enfático. “A minha principal estratégia é trazer a polícia para as funções as quais ela foi concebida”, disse.

lll Sem definição
A divulgação do Refis em Santa Gertrudes levou alguns leitores do JC a questionar se Rio Claro terá programa para atender os contribuintes que têm dívidas com a prefeitura. Questionada, porém, desde a semana passada, a administração municipal não respondeu o parcelamento será oferecido nesse ano. O último foi realizado em dezembro do ano passado.
lll Homenagem
No dia 9 de maio, foi inaugurada a Maternidade Nayara Baraldi, no hospital Madre Vannini (foto abaixo), na cidade de Conchal. A denominação homenageia a obstetriz e professora universitária rio-clarense Nayara Girardi Baraldi, que faleceu em 2023. Reconhecida pelo seu trabalho de incentivo à amamentação infantil e atuação como obstetriz em partos naturais, normais e humanizados, Nayara era muito conhecida e estimada. A maternidade, conta com 3 leitos PPPs (Pré Parto, Parto e Pós Parto), com uma equipe composta por 7 obstetrizes para atender as gestantes da cidade e é custeada pelo SUS.

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