

A atriz Ingrid Gaigher, intérprete da faxineira Lucimar em “Vale tudo”, recebeu comunicado da Defensoria Pública sobre o impacto de sua personagem na busca por informações sobre pensão alimentícia. O órgão registrou 270 mil acessos em uma hora em seu aplicativo, com média de 4,5 mil acessos por minuto, após a exibição da cena em que a personagem solicita pensão alimentícia para o filho.
A repercussão ocorreu depois que o episódio mostrou Lucimar dando entrada no pedido de pensão alimentícia na trama. O público feminino recorreu imediatamente ao aplicativo da Defensoria para obter orientações sobre esse direito, conforme informou a Agência Estado.
O fenômeno demonstra a influência das telenovelas na sociedade brasileira, especialmente ao abordar questões jurídicas relevantes. A personagem, ao buscar seus direitos na ficção, incentivou mulheres a se informarem sobre o assunto na vida real.
A situação aconteceu durante a exibição do remake de “Vale tudo”, novela originalmente transmitida em 1988. Gaigher interpreta Lucimar, papel que foi de Maria Gladys na versão original.
“Recebi uma mensagem da Defensoria e fiquei completamente emocionada. Isso mostra o poder que a novela tem no Brasil. É muito gratificante fazer parte de algo que tem um alcance tão rápido e tão potente”, disse Gaigher em entrevista ao Correio Braziliense.
A atriz também comentou sobre sua personagem: “Lucimar tem algo de coro da novela. Ela fala o que muita gente pensa, mas não diz”.
A personagem
Gaigher está apenas em sua segunda novela na carreira. Para preparar-se para o papel, ela entrevistou diaristas e mães solo, assistiu a palestras e buscou estudos sobre pensão alimentícia.
“Queria entender onde está a dor, mas também onde está a força e a criatividade dessas mulheres que fazem de tudo pelos filhos”, explicou a atriz.
Ela optou por não assistir à versão original completa para criar uma interpretação própria, evitando o “estereótipo da diarista cômica”. “Quis encontrar uma verdade”, afirmou sobre seu processo de construção da personagem.
O remake de “Vale Tudo” continua em exibição, com roteiro assinado por Manuela Dias. A nova versão traz atualizações importantes em relação à original.
Sobre essas atualizações, Gaigher declarou: “A maternidade solo é uma grande reflexão. O número de crianças criadas em famílias monoparentais só cresce. Além disso, temos discussões importantes sobre sexualidade, influência nas redes e o papel da mulher na sociedade. É outro Brasil 37 anos depois”.
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