Brasília recebe, de hoje até quinta-feira, 22 de maio, um evento que já está inserido no calendário político brasileiro: a XXVI Marcha em Defesa dos Municípios, iniciativa da Confederação Nacional de Municípios.
Como acontece anualmente, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais de todas as regiões do país se encontram “com o objetivo de fortalecer o diálogo federativo e apresentar demandas prioritárias do movimento municipalista”, segundo a versão oficial da CNM, mas que na verdade se resume a uma grande confraternização.
O evento, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, tem o tema “Autonomia Municipal: a Força que Transforma o Brasil”, com previsão de presença do presidente da República – uma tradição nessas Marchas -, e participação de 11 mil pessoas.
Os gestores vão ouvir as promessas de sempre, na base do “me engana que eu gosto”, mas nunca fizeram um evento desse com determinação para exigir uma distribuição de tributos que contemple com justiça os municípios, que são, na essência, a base de todo o sistema federativo do Brasil.
Enquanto isso não se viabiliza, a União continua de forma absurda a concentrar a maior parte da arrecadação tributária, deixando sempre prefeitos e governadores na condição de pedintes, em busca de favores normalmente troadosmpor apoio político na próxima eleição.