A primeira-dama Janja da Silva rebateu, nesta segunda-feira 19, as críticas que recebeu por ter quebrado o protocolo em um jantar com o presidente da China, Xi Jinping, ao falar dos efeitos do TikTok no Brasil. Ela afirmou que “não há protocolo” que a “faça calar” no debate sobre a regulamentação das redes sociais.
“Em nenhum momento, eu calarei a minha voz para falar sobre isso, em nenhuma oportunidade. Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja, do maior grau ao menor grau. Do mais alto nível a qualquer cidadão comum”, declarou Janja na abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Na última semana, a primeira-dama teria supostamente se envolvido numa polêmica durante o jantar com Jinping, na China, sobre TikTok e a possibilidade de banir ou restringir a rede social no Brasil. Ao mencionar o caso, Janja afirmou que usará sua voz para abordar o caso sempre que possível.
“E foi para isso que ela foi usada na semana passada quando eu me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social. Então, eu quero dizer que eu, como mulher, não admito que alguém me dirija, dizendo que eu tenho que ficar calada. Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes”.
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Lula amenizou a situação
Na última quarta-feira 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou a situação e afirmou que ele era quem tinha feito a pergunta. Um repórter que participava da coletiva na capital chinesa, Pequim, pediu para que ele comentasse a reunião com o presidente chinês.
Lula explicou que, ao contrário do que foi divulgado por jornalistas, a pergunta que supostamente havia causado climão não foi feita por Janja, mas, sim, por ele próprio.
“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para gente discutir a questão digital, sobretudo o TikTok. E aí, a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e contra as crianças”, esclareceu.
Fonte: Terra
