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Na próxima segunda-feira (19), é celebrado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano, alimento que é fundamental no início da vida da criança. O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias, reduz em 13% a mortalidade em crianças menores de cinco anos. Ele também reduz o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.
Essa data também marca o início da Semana Nacional de Doação do Leite Humano. A data foi instituída pela Lei nº 13.227/2.015 e representa um momento especial de sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano, assim como, uma iniciativa a mais para a proteção e a promoção do aleitamento materno.
O Brasil é referência mundial na doação de leite humano e possui a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano do mundo. São mais de 230 Bancos de Leite Humano. Em Toledo, o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide da HoespHospital Bom Jesus atende as necessidades da instituição e demais demandas da cidade e região.
A enfermeira responsável pelo BLH Isabelle Laís Mandoti explica que a doação de leite humano é muito importante porque é um gesto de solidariedade que tem um impacto vital na saúde de muitos recém-nascidos, especialmente os que estão em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo). “O leite humano salva vidas”.
DADOS – Atualmente, há cerca de 99 doadoras residentes em Toledo e em municípios pertencentes à 20ª Regional de Saúde cadastradas no Banco de Leite Humano. Isabelle conta que a média mensal de leite humano ordenhado cru (LHOC) é de 251.959 ml. “Nós observamos que em comparação com períodos passados, houve um crescimento no volume de doações”.
Em números, neste ano, o Banco de Leite Humano registrou a doação de 227.550 ml em janeiro, 226.816 ml em fevereiro, 265.580 ml em março e 287.890 ml em abril.
O leite doado ao BLH é destinado aos internados na UTI Neo do Hospital Bom Jesus e, repassado para crianças de fora do hospital com avaliação da equipe. “O volume de leite tem sido suficiente, devido ao trabalho contínuo de captação de novas doadoras. Quanto ao excedente externo precisa ser avaliado individualmente o caso de cada nutriz. Atualmente, todos os casos que foram necessários, nosso estoque supriu”, esclarece a enfermeira.
DOAÇÃO – Para ser uma doadora de leite, a mãe deve apresentar exames negativos para VDRL, HIV, Hepatite B e C, e Toxoplasmose. Além disso, mães que receberam transfusão sanguínea nos últimos 12 meses estão impedidas de doar. Para fazer a doação é preciso se atentar em alguns cuidados simples, porém importantes.
“As mães devem higienizar as mãos e as mamas antes da extração, utilizar touca e máscara, manter os utensílios limpos, armazenar o leite em frascos de vidro com tampa plástica ou em saquinhos próprios, refrigerar e congelar o leite o mais rápido possível. O prazo de validade do leite é de até 12 horas refrigerado e 15 dias congelado”, esclarece a enfermeira.
Ela acrescenta que “antes de entregar o material para as doadoras, os vidros passam pelo processo de esterilização, garantindo um armazenamento seguro, quando o leite chega no BLH realizamos o registro”. Em seguida, ela explica que o leite passa pelo processo de pasteurização onde é realizado a classificação, testagem de acides, envaze, pasteurização, crematócito e microbiológico. “A pasteurização garante a segurança do alimento, inativando microrganismos”.
CONSCIENTIZAÇÃO – O Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide da HoespHospital Bom Jesus além de fazer a coleta de leite humano também realiza orientações e suporte às mamães. “Durante o auxílio à amamentação são abordados os critérios e a importância da doação. Como o leite materno não pode ser produzido artificialmente, a colaboração das doadoras é essencial”, finaliza a enfermeira responsável pelo BLH Isabelle Laís Mandoti.
Da Redação
TOLEDO
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