Feira da Pedreira: trabalhadores reclamam de demora em obra

Há mais de um ano na feira provisória, no bairro da Pedreira – que foi instalada na central da avenida Pedro Miranda, em Belém, para realocar os feirantes do Mercado e Feira da Pedreira durante o período de reforma e revitalização – os trabalhadores estão desesperançosos quanto ao prazo para o fim das obras e o retorno para o espaço.Alguns dizem sofrer prejuízos com as mercadorias por conta do calor excessivo. É o caso da feirante Joseane Marques, de 43 anos, que comercializa frutas em sua banca. “A partir de 13h ninguém aguenta mais, esquenta muito. Perco muita fruta porque a gente também passa a lona quando termina. No outro espaço não tinha esse tipo de problema, está certo que algumas a gente perde porque é normal passar, mas não em função do calor”, conta.Conteúdos relacionados:Moradores reclamam de obra sem drenagem em BelémBelém: obra se arrasta e prejudica comerciantes

A reforma e revitalização da Feira, Mercado e do Complexo de Abastecimento da Pedreira teve início em junho de 2022 e prazo de 24 meses para a conclusão. O valor do investimento na obra na Feira e Mercado é de R$ 7.965.815,74, já no Complexo de Abastecimento é de R$ 8.076.576,04.Joseane trabalha há 10 anos na Feira da Pedreira e garante que perdeu clientes após a realocação para o espaço provisório. “Ficou ruim, nosso espaço aqui é muito pequeno, às vezes enche de gente e fica complicado de ir e vir, caminhar aqui. Já deram três prazos para o nosso retorno para lá, venceram todos”.Segundo o feirante João Batista, 52 anos, o atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, em visita na feira, afirmou que os trabalhadores devem retornar até o fim deste mês de setembro para o novo espaço, mas a descrença impera. “Já vou fazer dois anos aqui e até a vigilância aqui da área somos nós que estamos pagando. Essa estrutura, como o nome já diz, é provisória, não dá para ficar aqui e algumas partes até estão se desfazendo”.Quer saber mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsappO vendedor Ricardo Flexa, 52 anos, não acredita mais em nenhum novo prazo para sair da feira provisória. “Está próximo da eleição, o povo disse que vamos sair esse mês, mas essa história está rolando há um tempo e nada”.

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