Banda realizará show em Salvador na Concha Acústica no dia 17 de maio
| Foto: Denisse Salazar / Ag. ATARDE
O que significa para vocês manter uma formação quase intacta em um meio tão volátil como o da música? Qual é o segredo para se manterem juntos durante tantas décadas?A base é o amor e o respeito. Não existe segredo. Somos pessoas diferentes, com opiniões diferentes. Se fosse tudo igual, duvido que estaríamos aqui hoje com a mesma formação, agora com o Fábio Nestares. O negócio é se respeitar e priorizar o que escolhemos para a vida: a música.Em 2020, infelizmente Paulinho veio a falecer por conta de complicações da Covid. Como foi para a banda lidar com esse acontecimento?Foi um choque. Nosso carequinha era muito querido e amado por todos. Mas Deus tinha um propósito, e era a hora dele descansar. Ele sempre estará vivo e presente com a gente.Musicalmente falando, como Roupa Nova foi afetado com a perda de Paulinho? Hoje, cinco anos depois, ainda existem resquícios do impacto dessa perda nas apresentações?O público recebeu muito bem o Fábio, que já vinha cobrindo o Paulinho há alguns anos, quando ele precisava se ausentar. Não tivemos rejeição. Foi um impacto muito forte perder alguém que a gente ama, mas os nossos fãs abraçaram o Fábio [Nestares] de maneira linda e continuam cantando pelo Paulinho, assim como nós.Após 45 anos de história, vocês já pensaram em algum momento sobre o fim das atividades do grupo ou o Roupa Nova ainda tem estrada para seguir?Não, e nem queremos pensar nisso. Claro que vai ser inevitável as perdas, já não somos tão jovens, mas enquanto pudermos continuar fazendo o que amamos, vamos seguir juntos.Como vocês acreditam que a banda pode conversar com o público mais jovem e que não cresceu ouvindo as músicas de vocês?Muito desse público vem da família, que passa esse amor pela gente, ou então de músicos que se inspiram em nós. Roupa Nova é atemporal.Como é a sensação de retornar para Salvador? O que torna diferente a experiência de fazer um show na capital baiana?Salvador é uma cidade que sempre nos recebe com muito amor e calor, literalmente falando. Estamos felizes de poder voltar – e ainda com ingressos esgotados.