A greve dos professores da rede municipal de Salvador entra hoje em seu 11º dia, com a categoria mantendo a paralisação por tempo indeterminado. A principal reivindicação dos docentes é o pagamento integral do Piso Salarial Nacional do Magistério, fixado em R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas semanais.
A decisão de manter a greve foi reafirmada em assembleia realizada na quinta-feira (15), após a rejeição da proposta da Prefeitura de Salvador de um reajuste salarial de 6,27%. A categoria considera a oferta insuficiente e alega que não cobre as perdas acumuladas, estimadas em 58% .
A paralisação afeta mais de 131 mil alunos da rede municipal de ensino, gerando preocupações quanto ao calendário letivo e à continuidade das atividades escolares .
Em resposta à greve, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou a suspensão imediata do movimento, considerando-o ilegal por não cumprir requisitos legais, como a comunicação prévia de 72 horas e a tentativa de negociação frustrada. A decisão impõe multa diária de R$ 15 mil ao sindicato em caso de descumprimento e autoriza o desconto dos dias não trabalhados .
A APLB-Sindicato, que representa os professores, contesta a decisão judicial e afirma que continuará buscando o diálogo com a gestão municipal para alcançar uma solução que atenda às demandas da categoria.
A Prefeitura de Salvador, por sua vez, afirma estar aberta ao diálogo e busca soluções equilibradas que respeitem os educadores e garantam o funcionamento dos serviços públicos essenciais .
A situação permanece indefinida, com a continuidade da greve e a expectativa de novas negociações entre as partes envolvidas.
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