Diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, participa do PodCafé 

Na tarde da quinta-feira, 15, o Diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, foi entrevistado ao vivo no programa PodCafé, da Folha do Litoral News. Durante a entrevista, ele destacou temas sobre o futuro da logística nacional, os leilões na B3, os avanços tecnológicos do Moegão, a concessão do Canal de Acesso, bem como a força da comunidade portuária e as celebrações pelos 90 anos do Porto de Paranaguá.

Na entrevista, o presidente Luiz Fernando Garcia avaliou o impacto dos leilões da Portos do Paraná. Segundo ele, quando assumiu a gerência da Portos em 2019, cerca de 90% dos contratos apresentavam algum tipo de conformidade e a maior parte deles esperando por algum processo licitatório.

“Contratos que venceram em 2009, 2012, outros que nunca tinham sido licitados antes e acho que uma entrega muito grande no nosso time. E não é fácil só estruturar. O que nos interessa é a infraestrutura que vai ser colocada, ou seja, esses investimentos obrigatórios, que não só nesses casos dessas licitações específicas trabalham em cima de reforma e melhoria ou implementação de novas estruturas do terminal, mas nós agregamos investimentos num berço, novos berços de atracação. E investimentos que somam quase 3 bilhões de reais. E a hora que nós temos essas grandes empresas, grandes empresas participaram e as que se consagraram vencedoras são grandes empresas, ou nacionais ou multinacionais que estiveram e demonstraram seu interesse pleno. Agora, a gente segue para a assinatura do contrato, para que em breve as obrigações dos investimentos, que é aquilo que de fato nos interessa, em breve elas estejam concretizadas para que a gente mantenha aquilo que a gente sempre fala, mantenhamos o nosso padrão de eficiência, nosso padrão de qualidade colocado dentro da Portos do Paraná. Isso para a gente é o principal”, destacou.

Moegão

Outro ponto abordado durante a entrevista foi a obra do Moegão, uma das principais e maiores obras portuárias com recursos públicos do Brasil e do Estado do Paraná. O investimento para a construção do sistema, que representa um salto tecnológico no sistema logístico nacional, está avaliado em 600 milhões de reais e será entregue em dezembro de 2025. Para o diretor-presidente, é uma obra desafiadora.

Diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, também falou sobre a expectativa da Corrida do Porto (Foto: Folha do Litoral News)
Diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, também falou sobre a expectativa da Corrida do Porto (Foto: Folha do Litoral News)

“Quando em 2020, nós chamamos a concessionária operadora ferroviária e perguntamos também aos terminais se havia interesse em tentarmos tirar do papel uma obra tão grande e tão importante, não para hoje, mas para os próximos 20, 25 anos. E quando todos concordaram, os desafios começaram. Primeiro, na elaboração dos projetos. Porque é um projeto onde literalmente com um terminal a menos de 30 cm, a gente ia estar batendo estaca, cavando, passando máquina e os caminhões do lado para descarregar, seja do terminal de contêineres, os três terminais graneleiros que ali estão e depois de um trabalho muito grande da nossa diretoria de engenharia, nós conseguimos fazer essa licitação. Uma licitação à época e ainda hoje, a maior obra portuária com recursos públicos do Brasil. São 600 milhões de reais que estão em plena execução. Também é a maior obra do Estado do Paraná com recursos públicos”, frisou.

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“É inovadora em termos de engenharia, porque nós centralizamos uma descarga num ponto único e dali por correias transportadoras, a carga vai para os terminais. Então, é inovadora por esse aspecto, mas também contribui primeiro com a nossa comunidade. Essa diminuição da passagem do trem e eu ouso dizer aqui eliminação de manobra nessa região. E segundo, dando uma condição do Porto receber mais. Nesta região, no lado leste do Porto, nós movimentamos hoje 5 milhões de toneladas pela ferrovia. Esse é um projeto estruturado para movimentar 24 milhões. Ou seja, quando a concessão da malha terminar, ela termina em janeiro de 27, menos de 2 anos. E o Porto não vai ser mais o gargalo, porque essa obra é preparada para melhorar o agora, mas também estarmos preparados para o volume dos próximos anos sem falar da Ferroeste. Um projeto muito interessante que o nosso governador lidera”, explicou Luiz Fernando Garcia.

Volume de cargas

De 2015 a 2025, o volume de cargas movimentadas mais que dobrou no Porto de Paranaguá, saltando de 30 para mais de 70 milhões de toneladas, com 100% dos arrendamentos regularizados. De acordo com Luiz Fernando, todos esses resultados deram-se devido ao compromisso de várias pessoas de forma direta e indireta e que desempenham suas funções diuturnamente.

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“Obviamente todos esses resultados, não foi a pessoa do Luiz Fernando que que trouxe sim um compromisso de várias pessoas direta e indireta. Então nós temos mais de 440 colaboradores que acreditam no propósito da gestão. São colaboradores que diuturnamente estão lá nos ajudando a executar todas as nossas obrigações ou nos ajudando a pensar fora da caixa. Nós temos uma comunidade que abraçou também essa gestão. Uma comunidade que nos ajuda a investir. Uma comunidade que nos ajuda a pensar em projetos”, ressaltou.

Canal de Acesso

O recente aval do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovado para a licitação do canal de acesso no Porto de Paranaguá, representa um avanço inédito no setor portuário brasileiro. Com previsão de investimento na casa de mais de 1 bilhão de reais nos primeiros 5 anos. Para o presidente da Portos do Paraná, a concessão vem coroando, pois também se trata de um processo inovador no país.

“Com esses terminais, não só os licitados agora, mas os licitados desde 2019, garantimos 20, 25, 35 anos de operações portuárias com grandes empresas, com terminais sendo desenvolvidos e agora esses novos que serão desenvolvidos em estado da arte, quer seja no quesito de segurança operacional, segurança do trabalho, segurança do meio-ambiente. Então, isso tudo faz com que a gente deixe um legado muito grande”, salientou.

Para o presidente da Portos do Paraná, a concessão vem coroando, pois também se trata de um processo inovador no país (Foto: Folha do Litoral News)
Para o presidente da Portos do Paraná, a concessão vem coroando, pois também se trata de um processo inovador no país (Foto: Folha do Litoral News)

Coletividade

Outro ponto levantado foi o papel importante do espírito coletivo e da valorização das pessoas nos resultados positivos alcançados pelas Portos do Paraná nos últimos anos. Segundo o diretor-presidente, o modelo de trabalho da Portos não existe em qualquer outro sistema portuário do Brasil. 

“O modelo que nós temos no Paraná, ele não existe em qualquer sistema portuário do nosso país. Uma comunidade que envolve os TPAs, que labutam lá na faixa portuária, mas eles também apoiam nossos projetos, assim como, obviamente nós temos discussões e posicionamento diferente, mas eu acho que o senso de comunidade sempre prevalece e a gente consegue ir para frente. Nós temos os empresários que acreditam, investem aqui e contratam empresas e contratam pessoas. Obviamente, eles estão num mercado competitivo, mas em prol do coletivo, eles se alinham e ajudam nós do poder público a entregarmos esse melhor resultado. E aqui no Paraná, nós temos as nossas discussões sempre respeitosas, mas em prol do desenvolvimento desse equipamento de Paranaguá, do equipamento de Antonina, a gente consegue superar todas as diferenças e irmos à frente”, disse.

Simbolismo

Em 2025, o Porto de Paranaguá completou 90 anos. E para marcar ainda mais esta data, haverá mais uma edição da Corrida do Porto no domingo, 18, e contará com a participação de 3 mil corredores. Na ocasião, o presidente Luiz Fernando Garcia avaliou o simbolismo dos 90 anos para a história do porto e de que forma eventos como a Corrida ajudam a fortalecer ainda mais o vínculo entre porto, cidade e comunidade.

“É um marco sem dúvida histórica. Todas essas datas redondas, elas nos dão a condição de lembrar um pouquinho da nossa história. Se chegamos aqui é porque muita gente boa passou e contribuiu. Então, estarmos aqui, podemos homenagear essas pessoas, mas também dizendo o que a gente aprendeu com eles e quais são as projeções para o futuro é sempre interessante. Então, é uma coisa muito bonita, é mais do que uma competição, é um dia de celebração, finalizou.

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