Oposição ignora histórico de derrotas e desdenha de chapa petista

O bloco de oposição na Bahia, liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), tem tentado emplacar, nas últimas semanas, o discurso de que há chances de vitórias nas eleições de 2026 contra a ‘superchapa’ do PT, como vem sendo chamada a majoritária encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues e pelos ex-governadores Rui Costa e Jaques Wagner.A teoria pregada, que ignora o histórico recente de derrotas do grupo contra os candidatos petistas, é de que o cenário seria “mais fácil” para o triunfo. O que tem sido defendido por uma ala do PT é que Jerônimo seja candidato à reeleição, com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disputando o Senado, junto com o já senador Jaques Wagner, que seria postulante a um novo mandato no Congresso Nacional.Nos últimos dias, ACM Neto, que perdeu a eleição para governador em 2022, tem reforçado a ideia de que pode derrotar o grupo. Na quinta-feira, 15, o ex-prefeito falou abertamente sobre o tema, em entrevista à rádio Excelsior, e afirmou que prefere encarar os três nomes nas urnas.

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“Eu, caso seja candidato a governador, particularmente prefiro encarar os três do PT. Acho mais fácil nesse cenário. A gente não escolhe adversário, mas, fazendo uma análise, é mais fácil encarar os três do PT, porque vamos mostrar a panelinha deles. Você gira, gira, gira e termina em Rui Costa, Jaques Wagner e Jerônimo”, afirmou o líder da oposição.Ex-líder da bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) também minimizou o peso da chapa com três governadores, no final de 2024, ao comentar sobre o tema.”A gente se preocupa com o nosso. Na hora da disputa eleitoral, vamos mostrar que depois de 18 anos, a Bahia precisa de mudança”, afirmou na ocasião, em conversa com a imprensa.Em janeiro deste ano, foi a vez do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), ironizar o desenho, afirmando que a composição poderia dar “xabu”.”Eles acham que vão ganhar todas as eleições na política. Uma hora dá xabu”, disparou Bruno Reis.Na contramãoDiferente do que tem sido dito publicamente por ACM Neto e parte de seus aliados, outros membros da oposição reconhecem o peso que uma chapa com Jerônimo, Rui e Wagner deve ter nas urnas, caso seja confirmada.Alguns nomes consultados recentemente pelo Portal A TARDE, em conversas informais, acreditam que a majoritária ‘puro-sangue’ seria “imbatível”, com possibilidade de uma reeleição com recorde de votos para o atual governador.O que pensam os aliados?Dentro do PT, a expectativa é de que a chapa majoritária puro-sangue consiga impulsionar a bancada do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, mesmo com a federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV).”Esperamos voltar para a época em que a gente tinha até 15 deputados aqui, mesmo sabendo que tem a federação”, disse um deputado estadual petista, em conversa com o Portal A TARDE, em fevereiro deste ano.

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