O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, nesta quinta-feira (15), o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de aves comerciais no Brasil. O foco foi identificado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada em nota oficial na manhã desta sexta-feira (16).
Apesar de não haver risco de transmissão da doença pelo consumo de carne de aves ou ovos, o registro representa um marco preocupante para o setor produtivo nacional, devido ao impacto econômico que pode gerar.
Conforme o comunicado do ministério, as medidas de contenção e erradicação do foco já foram iniciadas. O objetivo é debelar a doença rapidamente, manter a capacidade produtiva e garantir o abastecimento de alimentos. O Brasil também já notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), além de parceiros comerciais e órgãos nacionais competentes.
A influenza aviária já circula em outros continentes desde 2006, especialmente na Ásia, África e Europa. O vírus tem baixa incidência de infecção em humanos, sendo os principais afetados trabalhadores com contato direto com aves contaminadas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) emitiram nota em conjunto, destacando a transparência do governo no tratamento da ocorrência e reforçando que o episódio é pontual. Ambas as entidades acompanham o caso e afirmam que todas as medidas de controle foram tomadas.
“As entidades confiam na rapidez das tratativas por parte do ministério e da secretaria estadual, de forma que qualquer impacto seja resolvido no menor prazo possível”, diz a nota. Ainda segundo as associações, não há risco ao consumidor final.
O Serviço Veterinário Oficial brasileiro já atua há décadas em ações de prevenção e vigilância contra a doença, o que permitiu postergar a chegada do vírus ao sistema de avicultura comercial por quase 20 anos. Monitoramento de aves silvestres, fiscalização em pontos de entrada no país e treinamentos constantes de técnicos fazem parte da estrutura que segue mobilizada para conter o avanço da influenza aviária.
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