O Hemonorte promove neste sábado 17, o Dia D da campanha “A Vida Deve Ser Compartilhada”, com foco no cadastro de novos voluntários para o Redome — Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. A ação acontece das 13h às 18h, na sede do Hemonorte, localizada na Avenida Alexandrino de Alencar, 1800, em Natal.
De acordo com Miriam Mafra, diretora de apoio técnico do Hemonorte, o objetivo da campanha é aumentar o número de pessoas cadastradas. “O objetivo da campanha é ampliar a entrada de novos cadastrados no Redome. Esse cadastro é do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. São pessoas que se dispõem a fazer a doação da medula, caso ocorra uma compatibilidade”, afirmou.
O cadastro é permitido para pessoas entre 18 e 34 anos incompletos, que estejam em boas condições de saúde. “Você vai fazer o cadastro, você não faz a doação. A doação só ocorrerá uma vez, quando a compatibilidade tiver sido definida”, explicou. Para se cadastrar, o voluntário assina um termo de consentimento e faz a coleta de 5 ml de sangue para exame de compatibilidade genética (HLA), cujos dados ficam armazenados no banco nacional.
Segundo Miriam, atualmente 53 pacientes aguardam a compatibilidade genética no RN, mas não existe uma fila por ordem de chegada. “Não se fala em fila quando é transplante de medula. A doação é feita entre vivos. Você pode ter entrado recentemente e, em dois ou três meses, aparecer um compatível com você. Não é por hora de chegada, mas por compatibilidade”, esclareceu.
O Redome conta atualmente com cerca de 5,6 milhões de pessoas cadastradas no Brasil. Em 2024, o Rio Grande do Norte realizou 165 transplantes de medula, 58 a mais que em 2023.
A doação é indicada para pacientes com doenças como leucemias, quando a medula não produz mais sangue suficiente e os tratamentos convencionais não surtem efeito. “A medula óssea é a célula que produz o sangue no nosso organismo. As pessoas que têm essa medula sem funcionamento adequado recorrem ao transplante”, detalhou Miriam.
Existem duas técnicas para retirada da medula: punção na bacia ilíaca e por aférese. A definição do método é feita pela equipe médica com base em características do paciente e do doador. “A extração é feita sob analgesia. Você vai ser preparado como um paciente cirúrgico. Após a anestesia, você é liberado e medicado, caso haja algum incômodo leve no local da punção”, explicou.
Além da ação deste sábado, o cadastro pode ser feito de segunda a sexta-feira, na unidade anexa de hematologia do Hemonorte. A diretora lembrou que o cadastro é presencial, por exigência do termo de consentimento.
Ela também chamou atenção para a baixa cultura de doação entre os brasileiros. “Nós ainda temos dificuldade que esse doador venha até nós duas vezes no período de 12 meses. A medula óssea também é um mito. Um dos primeiros mitos é achar que a extração será feita na medula espinhal. Não é isso.”
Miriam finalizou com um convite: “Convidamos a todos que estejam na idade de 18 a 34 anos incompletos.”