O delegado Lindoval Souza, responsável pelo inquérito criminal que tenta detalhar a morte de Raimunda Agostinha Gonçalves de Andrade, prossegue com as investigações para esclarecer o caso. O crime foi confessado no domingo (11), Dia das Mães, pelo filho da vítima, Davi de Andrade Souza, de 22 anos, que alegou legítima defesa.
Ele se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Goianésia do Pará, no sudeste do estado, e afirmou ter tirado a vida da mulher com um golpe mata-leão ao ter sido atacado por ela. A Polícia Civil, contudo, encontrou indícios que destoam da história contada por Davi, que na segunda-feira (12) foi alvo de mandado de prisão preventiva e está preso.
Conforme o preso, a genitora sofria de esquizofrenia, fazia uso de medicamentos controlados e, durante um surto na madrugada, teria tentado atacá-lo com uma faca.
No entanto, a análise preliminar da equipe da Polícia Científica do Pará encontrou um lençol embebido em gasolina ao lado do corpo e uma garrafa PET com odor do combustível.
Além disso, a faca apresentada pelo suspeito foi localizada dentro de uma gaveta, o que contradiz a versão. “A alegação de que a mulher foi morta com um golpe de mata-leão não condiz com a cena do crime”, detalha o delegado.
O laudo pericial confirmou a presença de sinais de asfixia mecânica, sugerindo que a vítima foi sufocada, possivelmente com o lençol. As evidências indicam que o crime teve início sobre a cama e terminou no chão do quarto.
Na segunda-feira o suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, passou pelos procedimentos necessários e permanece à disposição da Justiça.
(Antonio Barroso – Freelancer)
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